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agosto 31, 2003

Blackout 

Sempre achei falta de Bom Senso e uma grande complicação fisiológica deitar de dia e já com luz do sol e pássaros a cantar, ou levantar de noite ofuscado pelo brilho da lua e ensurdecido pelo barulho dos carros do lixo.
Não vão muito longe os tempos das "directas", feitas por uma razão ou por outra, mas sempre corrigidas por um sono reparador de 8 horas: deitar às 3 da manhã, pôr o despertador para 8 horas depois e acordar tão bem disposto que por vezes me parecia pecado. Este é o exemplo de um procedimento que me evitou, muitas vezes, o "estado de zombie".
Fugi à regra no dia de hoje, dia cinzento como já referi no post anterior, e estou na dúvida se o tempo está assim por minha causa ou se sou eu que estou influenciado por ele. Uma coisa é certa, dói-me a cabeça até ao recordar o meu nome e não há guronsans que ajudem.
Não vou olhar para a televisão nem abro excepção para o Professor Marcelo nem para o Big Brother; Os jornais vão continuar no monte até amanhã e até os estores só deixam entrar o barulho da chuva. Nem o facto do Sr. Tony Blair ter sacrificado a sua mão direita me preocupa. Calculo que consiga alimentar o seu governo apenas com a mão esquerda, desde que não "suicide" mais ninguém...
É o último dia de Agosto e estou em blackout voluntário e nos dois sentidos até ele terminar, pronto(s)!

Lá fora chove 

Hoje é dia 31 de Agosto. O dia está como eu, nublado mas com boas abertas, como que a antecipar e anunciar o fim de mais um Verão. Já estou conformado...

Contra senso matinal 

São 6.04 da manhã. O Bom Senso manda-me ficar quieto e ir directo para a cama depois do dia que tive. Mas apesar do que aparentemente proclamo, eu, tal como muitos outros, perco a sensatez por razões menores. Sem intenção nem sentido prático, só por aqui estar. E amanhã, logo, é outro dia, e fico tão satisfeito de o ver.

agosto 29, 2003

Fornos de Algodres e os automóveis 

Se eu morasse em Fornos de Algodres... se eu fosse lá proprietário de um stand de automóveis... se nesse stand eu vendesse automóveis marados... era de todo o Bom Senso chamar ao stand "FORNICAR"... Não era?

Coisas simples 

Terminei o almoço. Nada de especial: petingas fritas com arroz de tomate mas que souberam maravilhosamente.
Na calma da bica e do SG Ventil folheei o EuroNoticias e descobri duas coisas: 1º estava atrasado no que diz respeito a Paulo Portas. Já fez uma nomeação polémica. Ainda bem que não está doente.
2º confrontado com o titulo que faz a primeira página do referido jornal, confirmei que gosto de coisas simples: ovos estrelados , a musica dos Zero 7, as letras do Sérgio Godinho, os folhetos coloridos que anunciam festas de Verão nas aldeias, o Curto Circuito da SIC Radical e o nome dum cd de Sigur Ros, bem como das faixas do mesmo.
O Bom Senso continua perdido neste país. Não há nada como coisas simples!

Saudade 

Que saudades tenho de uma boa polémicazinha envolvendo Paulo Portas.
Espero que ele não se tenha constipado com as mudanças de temperatura.

Flashback 

Fui apanhado ontem, abruptamente, pela noticia do fim do Flashback da TSF. Como não podia deixar de ser, visitei o Abrupto para ver o que a "nossa" referência bloguista JPP tinha a dizer sobre o assunto. Com a humildade que lhe é habitual, JPP diz compreender o desgosto dos ouvintes que cresceram (não sei em que sentido literal) em atitude de esponja a embeber os pensamentos dos comentadores.
Tenho como boa para mim a informação de que se trata de uma manobra à boa maneira futebolistica e ainda vamos poder continuar a "crescer" vendo, literalmente, o painel de comentadores ex-TSF na RTP 1, no espaço antes ocupado por José Sócrates e Pedro Santana Lopes. O Professor que se cuide na TVI...

Princípio de Ruby 

" As probabilidades de encontrares alguém que conheces aumentam quando estás com alguém com quem não gostarias de ser visto."

in A Lei de Murphy

agosto 28, 2003

Figuras públicas II 

Não tenho nada contra o facto de as pessoas ganharem dinheiro, ainda por cima (aparentemente) de forma honesta. O que me parece de um egoismo e de uma chica espertice tremenda é o facto de usarem um programa, clube, partido ou seja que grupo for e que justifique audiências televisivas para depois, e a nivel pessoal,lucrarem por via da prestação anterior. Essas pessoas não podem ter vida privada porque nos pertencem a nós, consumidores da sua imagem, e se a querem ter deverão ir morar na Serra Leoa, Galápagos ou na parte submersa de Foz Côa, porque neste país e onde quer que estejam podem ter um português, seu "cliente", a espreitar por uma fechadura. Justificadamente!

Figuras públicas I 

Hoje passei os olhos por algumas daquelas revistas que, além da programação das tv´s, traz sempre umas entrevistas a "famosos" televisivos, desportivos, teatrais e hiperactivos ( não tem nada a ver com os individuos que não passam sem irem diáriamente aos hipermercados ).
Nestas publicações podemos deliciar-nos com entrevistas tipo inquérito ás tais personagens. Sempre achei que os inquéritos eram respondidos no recato do lar de cada um e fico curioso para saber o tempo que demoram a responder, porque aparece cada pergunta capaz de provocar esgotamentos cerebrais nalgumas dessas celebridades.
Mas o que me põe mais atento são as questões, vulgares como a cara do Lineu, onde as respostas são dadas enigmáticamente: " Essa questão tem a ver com a minha vida privada e não quero comentar porque não quero expô-la!".
Ao deparar com respostas deste género rebolo a rir que nem o chapeleiro maluco da D. Alice Maravilhas.
Não consigo entender, em nome do Bom Senso, como podem estas individualidades conceder-nos a graça da sua presença nas telenovelas e afins e valerem-se dessa exposição para, muitas das vezes com um nome pelo qual ninguem as conhece e presumo que seja o verdadeiro, quererem convecer-nos que aquele iogurte nos põe capazes de desfilar para a Fátima Lopes. Ainda por cima passeiam-se à nossa frente no Audi TT que compraram com o dinheiro do anuncio.

Por motivos que têm a ver com uma súbita avaria do template vou, com pena, ter de dividir este post em dois.

Continua mais acima.

Provérbio 

"O conhecimento do mundo gera a desconfiança; a desconfiança gera a suspeita; a suspeita gera a argúcia; a argúcia gera a maldade; a maldade gera tudo"

Provérbio Chinês

agosto 27, 2003

E Marte aqui tão perto 

A 27 de Agosto, "apenas" 55,6 milhões de quilómetros vão separar a Terra de Marte, a mais curta distância entre os dois planetas verificada em quase 60.000 anos, e que só se repetirá em Agosto de 2287.
-in EspectalogicaS

Ando preocupado com isto e já me doi o pescoço de olhar para o céu. Será que não estão reunidas as condições para uma invasão marciana???
Se não o fizerem agora perdem uma boa oportunidade porque isto até não está mau de todo.
Em 2287 já este mundo deve estar impróprio para consumo até para seres verdes e com antenas na cabeça.
A não ser que eles... já andem aí ...

No comment 

Um amigo meu separou-se da esposa. Poderão pensar - "ora, grande novidade, e os outros 300.000 que fazem isso diáriamente?" - é verdade. Mas este caso tornou-se curioso para mim porque nunca pensei ouvir desse meu amigo uma aplicação de fábula ao seu caso concreto: comentávamos, num pequeno circulo que contava com a sua presença, essa separação, onde era opinião unânime de que a mulher dele era bonita, parecia compreensiva e tudo parecia correr bem. Foi aí que o João "fabulou" e, descalçando um dos seus sapatos de executivo, disse-nos: " este sapato é elegante, bonito, a Sacoor cobrou-me uma pipa de massa pelo par. Há algum de vocês que desgoste dele?" - todos concordámos com as qualidades do sapatinho - "pois fiquem sabendo que este sapato, precisamente este que vocês apreciam, faz-me doer num sitio que só eu sei..."
Não comentámos e acabámos as imperiais falando de coisas sérias como a equipa do Benfica para o jogo de hoje...

Lugares comuns 

Chamam-me a atenção para o facto de me servir bastas vezes daquilo que são considerados "lugares comuns", clichés, senso comum, em resumo, ideias que todos têm e provêm da sabedoria popular quotidiana. Ainda mais em resumo: delicadamente dizem-me que não escrevo nada de novo.
Ora a ideia deste blog não é descobrir a "Pólvora Parte II" nem sequer corrigir as teorias einsteinianas (não porque não tivésse capacidades para isso, claro, mas a módestia é uma das minhas muitas qualidades).
As intenções destes escritos são básicamente três: 1ª porque me apetece, 2ª porque as pessoas parecem esquecer-se sempre do guarda chuva quando não lhes chove em cima, 3ª porque está tudo tão preocupado em ser original e avaliado como espirito superior e iluminado pelos seus pares. Até parece terem esquecido que existem pequenas coisas, lógicas, e que a originalidade pode distorcer a eficiência da simplicidade.

Provérbio 

" Abençoada a pátria onde os grandes escutam os pequenos " - Provérbio Judaico.

agosto 26, 2003

Maçã com bicho 

Estive a reler o meu post anterior. Que falta de Bom Senso o meu. Julguei até estar a ler algo escrito de propósito para ser lido do púlpito.
Errare humanum est e deixei-me cair em tentação ... nunca mais como maçãs dadas por mulheres vestidas com roupa da Zara em vez da parra original!

Friend - ship 

Ao longo da vida vamos conhecendo pessoas. Umas ficarão amigas, outras amigas socialmente, outras ainda amigas institucionalmente, mas o universo de conhecimentos e cruzamentos vai-se alargando inexoravelmente.
A passagem da adolescência para a vida adulta praticante traz, para a maioria de nós, uma etapa normal chamada casamento: o núcleo de amigos da bica e das noitadas já há algum tempo foi sendo preterido em favor de uma construção social fechada e vivida a dois, com projectos e planos comuns.
Os amigos tornam-se cada vez menos presentes e os conhecimentos adquiridos esbatem-se no tempo que vai passando. Os melhores amigos de infância quem são agora? Os melhores amigos de liceu estarão vivos? Os melhores colegas de faculdade terão tido sucesso?
Por vezes a curiosidade assalta-me e imagino como seria reunir num mesmo local e data todos os amigos que passaram numa vida ... e perguntar a cada um porque nos tornámos estranhos...

agosto 25, 2003

E agora??? 

As férias estão a acabar e a beautiful people deixou de estar na silly season.
Os incêndios estão controlados e as polémicas emergentes em fase de rescaldo.
Maggiolo Gouveia foi sepultado e Ana Gomes não sabe o que fazer.
De futebol e Casa Pia nem pio.
Até quem de direito descobrir ou desenterrar um assunto que mantenha a malta ocupada, resta-nos a nós, simples mortais, debruçar-nos laboriosamente sobre o nosso próprio umbigo ou desenvolver polémicas familiares com o intuito louvável de descobrir se o Anjo Gabriel não seria tratado, na intimidade celestial, por Gabrielinha ...

agosto 24, 2003

A Perfeita Queca no leitor 

Finalmente tive tempo para folhear os semanários. Folhear é o termo exacto porque ler ler, ainda só li um, que me chamou particularmente a atenção, tal como deverá tê-lo feito a uns milhares de portugueses.
"Como dar a queca perfeita", assim, Tal & Qual aparece em letras garrafais na primeira página ...
A procura do nirvana ou estado de graça permanente é uma busca antiga da humanidade, o que, óbviamente, passa por saber actuar no sentido de conseguir a queca perfeita ou pelo menos identificá-la quando temos possibilidades de nos cruzarmos com ela, pelo que li ávidamente a opinião expressa nas páginas 2 e 3 pelos "especialistas" Zézé Camarinha, Rui Unas, Machado Vaz, e o recurso do jornalista/aprendiz de feiticeiro ( que deve ter aproveitado as férias dos chefes para publicar barbaridades ocas ) André Barbosa a duas ou três publicações cientificas sobre o ponto G, seja lá o que isso for...
O resultado pode ser um êxito de vendas para a publicação em causa, o que duvido, mas demonstra ser de uma falta total de Bom Senso de quem deixou sair a queca assim, Tal & Qual, não dizendo eu isto imbuido de um falso puritanismo, mas sim porque não há a substância que seria de esperar de um semanário com provas dadas como esta e tudo não passa de uma primeira página que cria expectativas goradas, além dos problemas aos pais que se vão ver em palpos de aranha para explicar aos filhos, recém juntadores de letras, porque é que nos escaparates do quiosque do bairro ensinam a dar quecas perfeitas por €0.90 e, já agora, como é que se aplicam os ensinamentos das abelhinhas e da semente posta pelo pai na mãezinha à  palavra queca, que mais parece a fêmea do queque matinal que se revela perfeito pelo sabor.

agosto 23, 2003

A Flóber 

Há dias assim ... o calor que regressa, agora mais à nossa medida, o sol de um sábado de esplanada, onde a " a doçura de nada fazer" ( já chega de italianices ) me leva a requisitar os préstimos da barmaid das horas A.M. ( americanices vou tolerando ) e pedir, antes de almoço, um gin tónico.
Talvez pela conjugação de circunstâncias, porque nem sempre que bebo gin tónico me acontece, veio-me à memória Mário-Henrique Leiria e os seus "Contos do Gin Tónico" e "Novos Contos do Gin", que li e reli em determinada altura da vida.
O resultado foi, no regresso a casa, dirigir-me à estante XPTO e repescar uma das short stories deste ultimo e que não resisto a transcrever, com os devidos créditos ao autor:

A Flóber

Ainda me lembro. O melhor presente que tive foi sem dúvida aquela flóber. Toda a garotada da terra colaborou no meu entusiasmo. Íamos para o campo, pam pam, pardal aqui, pam pam, pardal ali.
A única arrelia que tive com ela foi quando um dia, sem querer, acertei em cheio na tia Albertina.
Para castigo não me deixaram ir ao enterro.


Mário-Henrique Leiria in Novos Contos do Gin - 1978

agosto 22, 2003

Big Brother - O Ataque dos Clones 

A nove dias do inicio de mais um Big Brother com cidadãos anónimos, a TVI desdobra-se, no seu papel de investidora, em acções tendentes a recordar aos portugueses outros carnavais B.B. que fizeram história na televisão portuguesa e em criar uma expectativa para esta sequela.
A tónica dominante gira à volta das estrelas de serviço que irão tentar conduzir o show: mais uma vez Teresa Guilherme e Pedro Miguel Ramos.
Procura-se uma vez mais despertar o sentimento voyeuristico dos espectadores com promessas veladas de cenas de nudez e sexo em directo, o que a acontecer, ditaria o sucesso efémero do programa.
Goradas que foram as tentativas de apimentar anteriores edições, nomeadamente com recurso à contratação da Playboy girl brasileira e ex-actriz de telenovelas Daniela Faria, e que se revelou uma dama velada em vestes e uma Julieta de Ricky em vez de Romeu, tenta a TVI a reviravolta nos costumes portugueses.
Tivésse a TVI tido o Bom Senso de tomar atenção aos fracassos similares e menos arrojados como foram as Nuticias da SIC Radical e os castings para descobrir umas TATU girls à portuguesa que se revelaram tudo menos arrojadas em exibir publicamente privadas virtudes, chegaria a TVI à conclusão de que apenas no mercado internacional ou em "cabarets da coxa" espalhados pelo país conseguiria arranjar concorrentes capazes de dar ao publico o que, por meias palavras lhe prometem.
De qualquer forma este Big Brother terá um mérito: será sem duvida o fechar de um ciclo de televisão em Portugal, que fez vitimas entre os quadros da concorrência, e será interessante ver como José Edurado Moniz irá dar a volta ao flopp de audiências que se irá verificar depois da curiosidade inicial.
Por mim despeço-me do Big Brother porque este é mesmo o ultimo.

agosto 21, 2003

Passatempos de Verão 

Como não pode deixar de ser, efectuo uma "ronda" quase diária pelos blog´s de referência para ver se apreendo algo novo ou se apenas me rio do antigo.
Hoje vislumbrei na bomba inteligente uma proposta divertida sobre um passatempo de verão: propõe a D. Bomba que façamos uma recolha de versos de letras com significado 0 (zero), mas que ainda assim e por isso nos podem fazer esboçar um sorriso.
Isto fez-me lembrar um jogo de adolescente que consistia em arranjar alcunhas ou pseudónimos juntando o nome do nosso animal de estimação ( que alguns ainda têm ) ao ultimo nome da sua própria rua. No meu caso tinha, em 1999, um cão chamado Boris e morava na Av do Uruguai. O resultado era, quase sempre, uma alcunha digna de artista de filme porno. Neste caso fiquei sendo conhecido durante umas semanas por Boris do Uruguai.
Será que a D. Caneças tinha uma cadela chamada Lili????

Amores de Verão 

Tenho lido nalgumas revistas cor de rosa reportagens sobre os amores de verão dos nossos famosos televisivos. Dois casos chamaram-me particularmente a atenção, como foram os romances do Nicolau B. com a Rita B., em que o B. e a televisão parece ser a unica coisa que têm em comum, e o Pedro Miguel R. e a Fernanda S..
Este ultimo "caso" tenderá a deprimir a maior parte dos machos latinos e vale por isso: o Pedro Miguel tem no seu curriculo amoroso, além dos "Amo-te" negociais, figuras de proa ( e que proa ) como o caso Barbara G.. Agora conseguiu, calculo que com uns passes de mágica cedidos pelo Luis de M., afiambrar-se com a Fernandinha. Fez bem mas provoca-nos uma certa dor de cotovelo para não falar de outras dores.
Apenas uma questão: para quando as impressões corporais da Marisa C. no brilhante curriculo do Pedrinho???

Tabus 

Mesmo que não o reconheçam oficialmente ou tenham consciência disso como tal, toda a gente tem tabus. Os meus particulares são um pouco diferentes dos deste blog, mas para que conste e eu próprio recorde e não caia em tentação, assumo que o Ministério do Bom Senso tem dois tabus oficiais: O escândalo Casa Pia ( não a pedofilia em particular ) e o futebol.
O primeiro porque se reveste de tons tão escuros que comentar ou emitir opiniões com base em testemunhos contraditórios e desmontaveis nada tem de Bom senso.
O segundo porque não adianta nada falar do Benfica, do Sporting, do FCP, do Sporting, do Boavista, do Sporting e por aí fora ... e não conseguiria ser objectivo sobre uma questão que não deve ser questão. As teorias que pretendem efectuar correlações entre o futebol e as novas tribos urbanas pecam por precipitadas e inócuas. Mais uma vez o Bom Senso manda-me ficar quieto.

agosto 20, 2003

Terroristas 

O atentado que vitimou ontem em Bagdad 24 pessoas, entre elas Sérgio Vieira de Mello, é, a todos os niveis, condenável.
Sempre que se verificam atentados, tal como no dia a dia israelita, onde se perdem vidas humanas, não pode nem deve ser tomado de animo leve, sejam as vitimas Vieira de Mello ou os milhares que perecem diáriamente alvos de violência aparentemente gratuita. E digo aparentemente porque me parece de uma enorme falta de Bom Senso a falta de entendimento ( não desculpabilizando nada! ) que a civilização ocidental tem para com a forma de pensar, radicalmente diferente, de povos com hábitos e costumes incompreensiveis para nós.
O Ocidente, com os EUA como seus representantes máximos e tácitos, teima em enveredar por uma imposição de ideias que colide directa e brutalmente com o fanatismo religioso, despoletando assim situações insustentáveis de continuidade conflitual sem fim à vista.
Como se chama à razão quem, com base em ensinamentos ancestrais, não tem a minima duvida que a tem e não hesita em perder a vida por ela?
O problema terá que ser visto de uma forma global, com uma outra abordagem que não a da força e imposição em nome de uma paz desconhecida para os pseudo terroristas.
Nada mudará se as razões etnicas, sob a capa de civilização ou não, se degladiarem eternamente, e os mais fracos, apoiados pela sua fé que parece mesmo mover montanhas, acreditam não morrer mas renascer de um falso sacrificio onde não reconhecem inocentes.

Memórias 

Devido a ataques viróticos fui obrigado a efectuar um reset total ao PC.
Apesar de tomar todas as precauções de que me consegui lembrar sei, por experiência própria, que mais cedo ou mais tarde vou necessitar de qualquer coisa que não ficou guardada.
E nestas ocasiões rendo-me mais uma vez ao Bom Senso que, atempadamente, me fez ingerir substâncias, na altura com cepticismo, como foram os quilos de Cerebrum´s e Sargenor´s, e sem os quais, hoje em dia cada ida a um multibanco representaria uma odisseia iniciada com o escrever do código na palma da mão.
A memória humana tem recursos finitos, o que não representa desculpa para os economizarmos.
Cada nova experiência, e entendendo isto como a totalidade das acções e interacções quotidianas, gera mais tarde recordações. O avançar da idade amontoa essas recordações e obriga-nos, pela capacidade limitada, a ser selectivos e tentar definir conscientemente o que é ou pode ser importante ou o que não deverá ocupar espaço em memória. Mas os odores, as imagens, os sentimentos e sensações, nunca pedem permissão para ficar, e quantos não se instalam no sistema central da nossa memória sem que o queiramos, condicionando assim as nossas vidas e procedimentos?
Apesar disso, gosto de poder recordar e sentir saudade.

agosto 19, 2003

Reflexões pseudo literárias 

A escrita é, só por si, um acto que pode fazer sentir e reflectir um egoismo tendencialmente partilhado do executante. Pode ser feita mecanicamente, por prazer, como uma espécie de onanismo alfabético.
Pode ter pretensões a pintar com letras uma paisagem, experiência ou sentimento, e observá-la desinteressadamente com a altivez própria da estirpe, ou pode ainda ser esquiva e oculta como um diário de adolescente que trocou o seu amigo imaginário de infância por um livro em branco onde, com os sentimentos verdes crescentes, vai guardando para uma posteridade sempre adiada aquilo que esconde do mundo, ousando apenas revelá-lo a si próprio.
Quando se não é "opinion maker", estatuto alcançado noutros campos de batalha, os posts de um blog assumem caracteristicas diferentes para quem os escreve.
Muitos fá-lo-ão porque é mais fácil e seguro que os graffiti nocturnos e mais discreto que as cartas enviadas aos jornais onde, ansiosamente, são procuradas pelos seus autores na secção "Correio dos Leitores", num exercicio narcisista ou numa expectativa ingénua de ser lido e, assim, o mundo, o seu pequeno mundo, poder contribuir para modificar o mundo de toda a gente.
Para outros, assumirá o post o papel da perfomance sem publico, onde os aplausos esperados não são mais que meros numeros num contador de visitas.
Li num blog ( de momento não consigo recordar qual ) a ironia do seu autor: " Iniciei isto na esperança de vir a ser contratado pelas Produções Ficticias, ganhar dinheiro, ganhar um Nobel..." .
Não querendo fugindo ao tema base deste blog, é preciso Bom Senso para saber que a escrita dos mass não media nunca chegará aos olhos do Olimpo da intelectualidade nacional, ficando-se apenas por aquilo que realmente é: gosto por escrever e descrever o impacto do planeta nos seus sentidos, e o prazer absoluto, ou não, de sentir esse objectivo alcançado.

Reflexões 

os meus olhos -
de volta
no espelho
onde os deixara


Aram Saroyan

agosto 18, 2003

O cavaleiro exibicionista 

Tenho de confessar, sem vergonha, o facto de gostar de ver corridas de touros. Note-se que falo em corridas de touros e não touradas, expressão pela qual os leigos designam "A Festa" mas que está tão longe da realidade como Bogotá de Timbuktu.
Corridas de touros são "A Festa" ao passo que touradas são as manifestações decorrentes de uns copos bem bebidos depois de uma despedida de solteiro ou de acontecimento social similar.
Desde que me lembro de mim como sou, e pouco tenho mudado por não achar necessário, que me deslumbram as cores da festa brava, os cites de Mestre Baptista ou a preferência de João Moura pela Bo Derek.
Em concordância com este meu prazer privado não perco, no canal 18 e imediatamente antes das "sessões de pancadaria" de 5ª a sábado, as reportagens sobre as corridas em Espanha, tal como não perco as transmissões dos canais nacionais.
Estando ontem devidamente refastelado no sofá, fumando o meu puro para reforçar o ambiente e vendo a transmissão da TVI directamente da praça de Arruda dos Vinhos, transmissão essa que primou pela simplicidade e bom gosto onde a reporter de entre barreiras evitou proferir muitos comentários a fim de não ofuscar a qualidade dos desempenhos dos cavaleiros, forcados e touros, fui forçado a fazer comparações entre esta mesma transmissão e as efectuadas pela RTP 1.
As transmissões de corridas de touros da RTP 1, pese embora o facto de serem comentadas por experts como é o caso do Mauricio do Vale, o que me leva sempre descobrir novas e divertidas expressões da lingua taurina, tentam transformar "A Festa" num acontecimento mediático digno da MTV. E isso leva-me á questão principal: quem já teve oportunidade de assistir, certamente terá ficado deslumbrado por aquele separador que introduz as repetições em slow motion e que parte da abertura de uma casaca de cavaleiro de onde saem essas mesmas repetições. Ora isso é de uma falta de bom senso incrivel, pois além de atentar contra a virilidade dos aficionados masculinos trai a expectativas das aficionada que,a qualquer momento, esperam ver sair da casaca do cavaleiro exibicionista as partes pudendas do Rui Salvador ou do Joaquim Bastinhas, tal como eu já esperei ver as "intimidades" da Ana Batista ou da Sónia Matias.
Isto não se faz e é preciso Bom Senso para corrigir.
Ou mostram o que se promete ou mudam de separador.
Os aficionados estão fartos de logros!

agosto 17, 2003

Redondinhas como rotundas 

Apesar do conforto, senti-me ontem farto da cadeira do Ministério e da desordem de papéis que me enchem a secretária de quatro pernas, diáriamente alvo de vãs tentativas de arrumação pela secretária de duas.
Precisava de apanhar ar mas Lisboa revela-se, em Agosto mais insonsa, do que a Diana do "Saber a Mar".
Ponderei duas alternativas: efectuar uma viagem há muito programada ao Porto para constatar in loco a obra feita pelo meu ex-camarada de armas Rui Rio (por incrível que pareça aprendi a guiar Unimog´s da tropa ao mesmo tempo que o Sr. Presidente ) e aproveitar para degustar uma francesinha e um ou sete principes na "Galiza", ou evitar Brisas e viajar à  espantosa velocidade máxima de 50 Km hora, devidamente acautelada pelos muitos semáforos protectores espalhados pelo distrito de Santarém e, ao volante do meu BMW privado verde Sporting tomar a velha recta do cabo e, pelo interior, ir até onde me apetecesse para ver se o distrito ainda existe depois dos incêndios.
Optei pela segunda solução, até para dar a Rui Rio tempo de efectuar mais algumas obras que se possam ver.
Fiquei extasiado, isso sim, com a obra feita pelas autarquias que tive oportunidade de atravessar e das quais, para não me tornar exaustivo, só irei referir algumas.
Vi lindas rotundas em Samora Correia, vi novas rotundas em Salvaterra de Magos, vi imensas rotundas em Almeirim, vi um magote de rotundas em Torres Novas e dois casos em particular que me tiraram a respiração pela sua originalidade e grandiosidade: uma rotunda em Alcanena com um tambor de curtição de peles do tamanho de uma nave espacial no meio e em Abrantes uma rotunda com um lagar, devidamente enquadrado qual cereja gigante num bolo proporcional!!!
Aquele que foi o motivo principal da minha viagem não me surpreendeu, infelizmente. Vastas áreas ardidas a fazer lembrar filmes de ficção pós holocausto nuclear. E isto não comento mais!
As rotundas é que me surpreenderam.
Será que face à  falta de motivação para a criação de nova estatuária nos jardins públicos ou, quiçá, mal impressionados pelas "Cutileirices" de Lisboa e Lagos, os autarcas resolveram arranjar novos pedestais para heróis emergentes, mesmo com prejuizo das diminutas faixas de rodagem que contornam as rotundas em proporção com o tamanho das mesmas?
Nunca o saberei, mas é de bom senso sugerir uma aplicação prática para essas rotundas em vez dos obstáculos mortais que em muitas implantaram: Porque não desenvolver e popularizar o desporto magnífico que é o golfe e fazer circuitos de nove buracos (para não contribuir para o exagero)?
Cada rotunda tem espaço suficiente para o tee de saida, green com a indispensável bandeira e, nalguns casos, espaço ainda para montar uma bancada.
Porque não fazer promover um "PGA of Portuguese Rotunde" jogando de rotunda para rotunda e aliciando Tiger Woods a melhorar os seus shots num ambiente citadino???
Aqui fica a ideia. Não sendo da alçada deste Ministério nada posso fazer, mas que era uma medida de Bom Senso não tenho a menor dúvida.

agosto 16, 2003

Que lindas são as fardas 

Tomando também eu como bons alguns ensinamentos seculares dessa instituição que se chama Cosa Nostra, e neste particular a sua famosa Omerta (código de silêncio, para os eventualmente menos esclarecidos), custa-me sobremaneira escrever sobre o comportamento de outro Ministro, mas noblesse oblige e o bom senso leva-me a comentar algumas das tomadas de posição publicas do Ministro da Defesa.
PP aproveitou anteontem em Mafra a presença e apoio do 1º M. para, com aquele seu ar "de era bem preso mas
atrevam-se", reafirmar que as Forças Armadas nada tinham a queixar-se: o radar vem aí, as chaimites já podem ir para o Museu Militar porque as 322 viaturas de substituição, 322, vêm aí, os famigerados submarinos vêm aí e o jantar de Generais foi empolado pelos media porque afinal ... toda a gente costuma jantar, não é???
Em resumo, e não pretendendo na minha humildade ser mais uma bolha nas empolações existentes e latentes, vai tudo bem no Reino de Portugal e já podemos dormir descansados porque vem tudo aí e, provavelmente, os manuais de instruções dos meios de intervenção militar que vêm aí já devem ter sido distribuidos nos quarteis.
Uma última opinião repleta de Bom Senso: a melhor forma do Ministro PP ser levado a sério pelos militares e pela sociedade civil seria ele próprio tomar a iniciativa de abrir concurso público entre os estilistas da nossa praça para o desenho de um uniforme avant-garde, com os galões que se impõem, e que deverá ser usado por PP nas cerimónias oficiais.
Afinal queremos um exército moderno ou não???

A actividade anti-blogguista de Pedro Rolo Duarte 

Com alguns dias de atraso e porque os afazeres do Ministérios são imensos, permitam-me hoje comentar, de forma sumária, um artigo de opinião do Pedro Rolo Duarte ( adiante designado por PRD por razões económicas ) publicado no DN recentemente.
PRD fez correr a sua pena ao sabor de uma apreciação sobre a actividade blogguista e paralela dos muitos jornalistas no activo e que, simultâneamente, opinam em espaços próprios sob a forma de animal exotérico e subversivo chamado Blogg.
PRD não deixa de ter razão quando faz esta critica: afinal como fico eu, editor ou accionista de um jornal, quando pago
(o bem ou mal já é de outro departamento) a um funcionário meu para expôr, quase livremente, a sua opinião nas páginas do meu pasquim e depois o referido senhor vai apresentá-la, de forma gratuita e com maior desenvolvimento, por conta própria, num pasquim digital por ele inventado???
PRD é mal interpretado principalmente no final do artigo quando escreve qualquer coisa como isto: "Eles que se cuidem". È natural que pense assim. Já passou pela cabeça de muitos presidentes de conselho de administração de tablóides nacionais requerer a exclusividade dos artigos de opinião dos jornalistas blogguistas, sob pena de virem a ser objecto de processo disciplinar por falta de etica para com a entidade empregadora.
Justificava-se um dos visados, no seu blogg: "Epahh, mas afinal eu só posso ter uma ideia/opinião por semana sujeita a 3.000 mil palavras e à opinião do editor???? A resposta è óbvia .... concerteza que deverá ser assim. Todas as outras ideias/opiniões devem ser igualmente escritas e entregues no seu jornal para serem arquivadas, porque se escolheu apenas uma è esta sem duvida a unica pertinente, senão para quê tê-la???
Para terminar gostava de referir, e em nome do Bom Senso, que estamos em plena silly season, e eu vi o PRD em plena silly actividade, comme il faut, numa jet discoteca algarvia.
Mais opiniões para quê?

agosto 15, 2003

O cromo da Stand Up Comedie 

À boa maneira de Las Vegas, salvaguardando a devida proporção e distância, tem vindo a ser desenvolvido um novo mercado de trabalho para os anedotistas portugueses: a chamada stand up comedie, que tem como escola e seu expoente máximo um programa que passa na SIC normal, nas noites de segunda feira, a horas em que as pessoas adoram fazer perder o sono aos vizinhos menos prevenidos com as gargalhadas que lhes arreganham as faces e fazem o conjuge, eventualmente com menos sentido de humor, perder todas as esperanças de uma noite de sexo louco.
O cromo mor de serviço, cuja expectativa de presença faz os fans de ambos os sexos salivar, chama-se Fernando Rocha e tenta rivalizar com o também expoente máximo do blogg-universo O Meu Pipi. O Fernando não se poupa a esgares frenéticos (carreguem aqui a ver se minto) e palavras de uma erudição fora de vulgar que, por isso mesmo, fazem do programa um sucesso e dos espectadores uns incontinentes de tanto rir.
Aqui é que surge o problema. Confesso o meu fraco pelo "O Meu Pipi" da mesma forma que confesso as revoltas do meu estômago perante o Fernando Rocha no seu todo. Para piorar as coisas tenho (ou tinha) um amigo que é a cara do Fernando Rocha. Conseguia tomar café e discutir alguns assuntos de "estado" com esse amigo, por sinal também chamado Fernando, e tinha um especial prazer nisso. Desde que o cromo da SIC apareceu não consigo ouvir o meu amigo nem dizer-me bom dia que fico logo á espera do seguimento: "Bom dia... caralho..".
O Fernando Rocha é culpado por eu ter perdido um amigo!

Paparazzi I 

Estive a ver uma pseudo reportagem numa revista de TV sobre a menina Fernanda Serrano. O conteudo girava à volta de ela estar boa como o milho (grande novidade), estar felicissima, ir de férias e, inclusivé, fornecia alimento ao imaginário dos leitores com umas fotos grande plano das perninhas da menina.
Isto fez-me recuar um pouco no tempo e lembrar-me de ver o pranto e as juras de "não sou eu" que a menina espalhou nos ecrans quando circulava na net uma performance notavel e sem espaço para critica de, supostamente, uma sósia sua.
Na ocasião imediatamente saltaram os defensores da Fernandinha em sua defesa, situação que eu nunca percebi. Será que defendiam a sua virgindade ou comparavam a qualidade do acto filmado a desempenhos verdadeiros que nunca passaram à tela?
Enfim, o resultado de tudo isto foi uma publicidade gratuita para a menina que, no mínimo, tinha obrigação de pagar um cachet simbólico à actriz sósia que deu o corpo ao manifesto e nem sequer ficou a saber que poderia rivalizar com uma
actriz/estrela portuguesa. Sorte da Fernandinha a sua sósia não vir passar uma temporada a Portugal ou o José Eduardo Moniz não se lembrar de a contratar para este Big Brother.

agosto 14, 2003

"Desejo casar" e "A ervilha cor de rosa" 

Aproveitei a calmaria e o bom tempo que se fazia sentir ontem á noite para me aventurar no mar revolto de blogg´s que inundam a web. Isto é dito sem qualquer ironia ou sentido critico. Queria simplesmente ver o que ia nalgumas almas e a forma como o conseguiam transmitir.
Dos vários Blogg´s que visitei, dois houveram que, por razões completamente diferentes, me chamaram a atenção: DESEJO CASAR e a ervilha cor de rosa
O primeiro, que tomei a liberdade de colocar como link directo neste humilde Ministério, é uma crónica continuada, informada e repleta de humor que apetece acompanhar.
O segundo foi uma agradável surpresa e um achado. Trata-se de um diário sui generis e de alguma forma dirigido para um circulo de amigos de uma menina, Rosa Pomar de seu nome, artista nata conforme pude comprovar, e que o faz desde 2001. "a ervilha cor de rosa", além do seu design "expantástico", tem o condão de nos fazer sentir voyeurs semi-autorizados da intimidade de alguém, quase como se espreitássemos, escondidos, o diário que a menina se esqueceu de fechar à chave nesse dia. Para além disso as suas observações podem ser um abrir de horizontes capazes de nos conduzir a um olhar diferente sobre coisas conhecidas ou para nós desconhecidas, mas que sem duvida nos levam a reflectir e "vê-las" mais uma vez como se fosse a primeira.
Pretendo, de quando em vez, passar à escrita as impressões com que vou ficando dos blogg´s visitados, valha isso o que valer...

Pedro S. L. versus Marcelo R. de S. 

Li algures que o Dr. Pedro S. L. irá deixar de efectuar comentários na RTP 1 passando a fazê-los na SIC.
Nesse mesmo "algures", além das opiniões do costume, foram ouvidas e transcritas igualmente algumas opiniões de jornalistas televisivos sobre qual seria a mais valia do DR. Pedro S. L. e confrontando-a, na mesma medida, com a do Prof. Marcelo R. de S. nos seus comentários da TVI.
Uma jornalista da SIC arriscou (... ou não. Ela lá sabe...) dizer que o Prof. capitalizava de forma efectiva a simpatia e o interesse dos telespectadores em prol da estação onde se apresenta, pelo que também ela preferia as prelecções do Prof. Marcelo.
Um jornalista da TVI que, por força das funções que desempenha, "contracena" com o Prof. foi mais longe não precisando, obviamente, de arriscar, e referiu que a maior vantagem do Prof. Marcelo em relação ao Dr. Pedro tinha a ver com o facto de o primeiro já se ter retirado da politica activa e, além das capacidades naturais que todos lhe reconhecem, não deixar duvidas sobre a imparcialidade dos seus comentários a todos os niveis, ao passo que o Dr. Pedro, na sua qualidade de eterno "elegivel", poder enfermar de duplas ou mesmo triplas visões sobre os assuntos em debate, conforme o seu futuro possa ou não cruzar-se com os comentários.
Isto são, clara e indiscutivelmente, manifestações de bom senso que me colocam perante um dilema: deverei convidar este pivot da TVI e o Dr. Pedro para secretários de Estado deste Ministério????

agosto 13, 2003

A sua opinião também conta (prometo que não a dou para sondagens) ;) 

Como já tive oportunidade de referir hoje, não pretendo ser dono da verdade nem obter um 3º olho entre os dois de origem que me permita ver o que mais ninguem vê. Por isso admito erros de opinião sem bater em ninguem e numa perspectiva de melhorar o que houver a melhorar ou rectificar o que se impuser. Afinal isto é um Ministério aberto, ao contrário dos outros.
Agradeço feed-back´s se houver pachorra para isso.
Obrigado.

Siesta e Cojones 

Um iluminado do costume lançou uma frase que, concerteza, pensava ficar para a história ou que fosse aproveitada para ser perpetuada em pedra numa qualquer lápide inaugural de qualquer coisa. Tal não deve acontecer porque, graças aos Deuses eu não sou o dono da verdade e há ainda muitas pessoas com bom senso, mas de qualquer forma vou eu aproveitar a frase salientando, mais uma vez, que não é minha (felizmente): " Portugal chora a perda de um Império. A Espanha ainda não se convenceu de que já o perdeu."
Assim. Sem mais nem menos.
Chega a ser ridicula a vontade que certas pessoas têm de compararem o incomparável numa vã e caricata tentativa de se valorizarem. A nossa história, que nem é boa nem é má, é nossa, está cheia de feitos heroicos praticados ou incentivados por um unico antepassado e que arrastava a restante carneirada que pastava sem tino nos campos incultos do reino e que, na ansia de trocar os parcos cereais por uma caldeirada de peixe, se metiam nas tais cascas de noz rumo á terra do nunca.
Será por acaso que os descobrimentos portugueses, nossa coroa de glória (além do hoquei em patins), tiveram a sua história antes de 1578 e de D. Sebastião ter resolvido suicidar-se levando com ele a maioria do jet-set nacional da altura??
Será verdade que, como tive oportunidade de ouvir numa palestra de um erudito português, apenas não o acompanharam indigentes, pobres de espirito, deficientes e toda uma casta de pessoas sem sangue suficiente para serem aceites como dadores em qualquer instituição para o feito?
Será verdade que nós, portugueses do século XXi, somos na maioria descendentes daqueles que ficaram e herdamos, além do Reino, a parca vontade de ser bem sucedidos, razoaveis, expeditos ou apenas bem educados?
Espanha conservou a sua nobreza em termos de personalidades e, obviamente, isso reflecte-se hoje no modus vivendi e nas caracteristicas claramente evolutivas da sociedade, mesmo até tendo de conviver com uma guerrilha urbana separatista que consegue, até pela negativa, equilibrar possiveis devaneios governamentais.
Deveriamos assumir aquilo que somos, não para nos lamentarmos eternamente da falta de civismo e de outras lacunas dos nossos compatriotas mas sim porque só assumindo uma identidade em pleno podemos ter consciência das dificuldades reais e corrigi-las atempadamente, mesmo que para tal tenhamos de copiar o que é bom dos vizinhos ancestrais, modelo evidente a seguir.
Um simples costume como a "siesta" revela a capacidade de maximizar a força laboral e manter feliz e trabalhador, até de madrugada, um povo que orgulhosamente e com razão evolue nos seus costumes.
Como dizia o velhote de Sevilha quando questionado pela reporter de uma TV sobre como conseguia o povo aguentar o calor envolvente: " es necessario cojones"!

agosto 12, 2003

Smoke on the water 

Ontem tive oportunidade de assistir na RTP 1 a um debate lamuriento mas pertinente no seu tema: os incêndios em Portugal e suas consequências.
É certo que foi e está a ser um desastre nacional ou, como alguem já lhe chamou, o 11 de Setembro português. Mas no meio de imensas situações realmente criticas e futuros efectivamente negros despontam já pequenos cérebros oportunistas na mira de continuar o saque iniciado com os subsidios da Comunidade.
São pertinentes os lamentos de autarcas verdadeiramente empenhados em transformar os seus concelhos em fénixes, como salta à vista o caso do Presidente de Mação, Dr. Saldanha Rocha, mas esses lamentos contrastam com a imagem exageradamente "estamos em Portugal e tudo vai bem" dos dirigentes maximos da Nação, pontualmente denunciados em comentários como o do ministro do Ambiente sobre as armas dos ex-combatentes e retornados e que, só mesmo por brincadeira digna de um Bocage do seculo XXI, são desvalorizados por um Primeiro Ministro rodeado por fogos no país e entre os seus pares: afinal todos percebemos mal os comentários do Sr. Ministro do Ambiente. Ele exprimiu-se bem ... as nossas capacidades interpretativas é que se encontram cheias de fumo ... o que é natural.
O debate na RTP 1 foi moderado com um gosto estético irrepreensível pela inenarravelmente "boa" Catarinita. A sua falta de preparação do tema foi esmagada pela sensualidade e pelo currículo repleto de concursos de que não vai conseguir libertar-se: " a sua fábrica ardeu por completo, o sr. está arruinado depois de 30 anos de trabalho, como é que se sente??" pergunta Catarina com o mesmo sorriso com que pedia a pontuação ao juri do Chuva de Estrelas ... gostei ... não vamos entrar em pânico ... afinal o homem só está arruinado mas ainda mexe e, além disso, ainda pode receber uns ordenados mínimos e dormir no quartel dos bombeiros ...

agosto 11, 2003

E será que funciona? 

Horas depois de ter descoberto como fazer o blogg, tarefa ardua mas que nada teve a ver com a de inventar a Coca-Cola ou descobrir o caminho maritimo para a India, ainda não consigo ir directo ao http//ministeriodobomsenso.blogger.com ... será que correu algo mal ou será intervenção dos mesmos individuos que, constantemente, boicotam as acções de Fox Mulder??? Resta esperar para ver...

Inicio de saga 

Esta é uma primeira tentativa de usar a bloggermania para desabafar, gritar, chorar ou, quem sabe, até talvez rir com as cromices dos iluminados mundiais mas com especial observancia nos nacionais. Para já não correu muito bem pq o titulo deveria ter sido colocado sem acentos mas o Blogger.com não avisou e eu deixei-me ir. Naif-idades que serão corrigidas a seu tempo.

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