abril 30, 2004
Cachorros quentes
Fartos de serem tratados como animais, inspirados pelo seu ídolo Rex e pelas manifestações contra a falta de subsidio de risco dos seus tratadores bem como pela inutilidade dos mesmos, obrigados a assistir a desinteressantes jogos de futebol sem que a Sociedade Protectora dos Animais nada faça, os cães alistados à força nas fileiras da GNR e PSP resolveram manifestar-se de forma violenta, ruidosa e contun-dente.
Os animais exigem também a alteração da designação ridícula de "Binómio" (invenção redutora de personalidade que pretende designar o conjunto policial homem-cão quando deveria ser o inverso) devido ao facto evidente de serem eles a unidade mais em destaque em qualquer operação, apenas contribuindo o humano para que a trela não se arraste pelo chão, o que poderia alertar os supostos prevaricadores.
Jogos, azares e publicidades saloias
O departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia resolveu investir alguns dos milhares de euros que angaria todas as semanas na remodelação da imagem. Até aqui tudo certo: o logótipo anterior era de efeito zero ao passo que o actual, além de esteticamente interessante, transmite aquilo que se pretende. Com o bonito trevo de 4 folhas e os corações palpitantes.
A falta de Bom Senso é, no entanto, revelada nos outdoors e nos anúncios da imprensa e televisões: procuram conseguir que a malta, desesperada e tesa, invista nos jogos de fortuna e azar motivada pelo amor ao próximo, como se alguém estivesse minimamente interessado em gastar mais dinheiro no totoloto apenas porque a Misericórdia contribui para muitas acções sociais (o que não deixa de ser verdade).
Os spots publicitários revelam um desconhecimento profundo do universo onde se move uma empresa monopolista que não precisava de se salientar com uma carga de hipocrisia tão grande. Bastava dizer algo como “Jogue no Totoloto. É a única hipótese que tem de ganhar muito dinheiro de uma só vez, sair do estado de penúria em que se encontra e sem ser preso (o que poderia acontecer se investisse na outra actividade muito lucrativa de import-export de substâncias que fazem rir”.
A falta de Bom Senso é, no entanto, revelada nos outdoors e nos anúncios da imprensa e televisões: procuram conseguir que a malta, desesperada e tesa, invista nos jogos de fortuna e azar motivada pelo amor ao próximo, como se alguém estivesse minimamente interessado em gastar mais dinheiro no totoloto apenas porque a Misericórdia contribui para muitas acções sociais (o que não deixa de ser verdade).
Os spots publicitários revelam um desconhecimento profundo do universo onde se move uma empresa monopolista que não precisava de se salientar com uma carga de hipocrisia tão grande. Bastava dizer algo como “Jogue no Totoloto. É a única hipótese que tem de ganhar muito dinheiro de uma só vez, sair do estado de penúria em que se encontra e sem ser preso (o que poderia acontecer se investisse na outra actividade muito lucrativa de import-export de substâncias que fazem rir”.
Citações
abril 29, 2004
Inspirações Floydianas
Precisas de ser louco, ter uma verdadeira razão.
Precisas de dormir e estar atento mesmo quando estás na rua.
Tens de ser capaz de escolher a sobrevivência com os olhos fechados,
E então moveres-te silenciosamente, como o vento, para fora do alcance dos olhares
Precisas de reagir no momento certo sem pensares.
Tens de admitir que estás a ser usado
Mesmo que te pareça ás vezes que estás é confuso.
Permanece acordado, tenta sacudir o teu sonho.
Se não consegues escolher o teu próprio caminho
Como consigo eu encontrar a saída deste labirinto?
Citações
abril 28, 2004
Caloteiros & calotes
Tenho ouvido pontualmente falar daquela que teria sido um táctica relativamente recente para cobrar dívidas: a exposição em montras ou no interior das lojas lesadas de uma lista aos olhos de todos com os nomes dos caloteiros sem vergonha.
Hoje, com esta notícia, nota-se o espírito empresarial português a funcionar e o provável aparecimento de um nicho de negócio através duma evolução do mesmo modo de exposição dos maus pagantes, mas através da net. Aparentemente este método, que recorre ás novas tecnologias, será ilegal, o que é uma sorte para nomes sonantes da nossa praça, mas que a ideia era boa neste país do”não pago e não tenho medo de ninguém” ninguém pode negar.
Mas só para repor um pouco de verdade em relação ao verdadeiro inventor do método do cartaz no próprio estabelecimento, recordo que há muitos anos atrás, estando eu a treinar para defender o país (leia-se cumprir serviço militar obrigatório) na Guantanamo portuguesa (leia-se Campo Militar de Sta. Margarida), havia uma pequena oficina na vila vizinha, de seu nome Tramagal, onde uma pequena oficina expunha em letras garrafais os nomes dos caloteiros, que já na altura não eram tão poucos como isso, numa clara demonstração da perseverança portuguesa. Tenho curiosidade para saber se, tantos anos volvidos, essa oficina de automóveis abriu falência ou se transformou num moderno concessionário.
Hoje, com esta notícia, nota-se o espírito empresarial português a funcionar e o provável aparecimento de um nicho de negócio através duma evolução do mesmo modo de exposição dos maus pagantes, mas através da net. Aparentemente este método, que recorre ás novas tecnologias, será ilegal, o que é uma sorte para nomes sonantes da nossa praça, mas que a ideia era boa neste país do”não pago e não tenho medo de ninguém” ninguém pode negar.
Mas só para repor um pouco de verdade em relação ao verdadeiro inventor do método do cartaz no próprio estabelecimento, recordo que há muitos anos atrás, estando eu a treinar para defender o país (leia-se cumprir serviço militar obrigatório) na Guantanamo portuguesa (leia-se Campo Militar de Sta. Margarida), havia uma pequena oficina na vila vizinha, de seu nome Tramagal, onde uma pequena oficina expunha em letras garrafais os nomes dos caloteiros, que já na altura não eram tão poucos como isso, numa clara demonstração da perseverança portuguesa. Tenho curiosidade para saber se, tantos anos volvidos, essa oficina de automóveis abriu falência ou se transformou num moderno concessionário.
Carta semi-aberta aos Senhores Jornalistas
Já várias vezes aqui fiz referencia à nova forma de fazer jornalismo com acesso a fontes bem informadas (?) e com o autor da peça confortavelmente sentado numa cadeira da redacção de um qualquer periódico luso.
Por razões de ordem profissional – um ministro mal informado é um futuro ex-ministro – sou obrigado a passar uma vista de olhos pela maioria das publicações que saem paras bancas.
Por outro lado torna-se curioso verificar que, atraídos pelo nome deste humilde blog, quiçá esperado desprevenidamente ler algum segredo de Estado, as buscas Google e Sapo são cíclicas por assuntos, surgindo posteriormente impressos nos pasquins noticias sobre esses mesmo assuntos, ou seja, se hoje se verificar um acesso fora de comum pelos motores de busca sobre o cultivo de amendoins na Nova Caledónia, é quase certo que esse vai ser um interessantíssimo artigo a ler num jornal, revista ou a ver num noticiário dentro de muito pouco tempo.
É para esses jornalistas new wave que deixo aqui uma mensagem solidária e um conselho paternal: não se deixem iludir pelas conversas dos editores chefes de falta de verba para investigação dos casos “in loco”. Levantem os rabos das cadeiras, entrem para os Renault´s Clios, vão aos locais e oiçam as pessoas. Pouparão dinheiro em ginásios, conhecerão novas gentes e verão que o Portugal interior é um pouco diferente quando não é visto através de um ecrã ou ouvido por um telefone.
Por razões de ordem profissional – um ministro mal informado é um futuro ex-ministro – sou obrigado a passar uma vista de olhos pela maioria das publicações que saem paras bancas.
Por outro lado torna-se curioso verificar que, atraídos pelo nome deste humilde blog, quiçá esperado desprevenidamente ler algum segredo de Estado, as buscas Google e Sapo são cíclicas por assuntos, surgindo posteriormente impressos nos pasquins noticias sobre esses mesmo assuntos, ou seja, se hoje se verificar um acesso fora de comum pelos motores de busca sobre o cultivo de amendoins na Nova Caledónia, é quase certo que esse vai ser um interessantíssimo artigo a ler num jornal, revista ou a ver num noticiário dentro de muito pouco tempo.
É para esses jornalistas new wave que deixo aqui uma mensagem solidária e um conselho paternal: não se deixem iludir pelas conversas dos editores chefes de falta de verba para investigação dos casos “in loco”. Levantem os rabos das cadeiras, entrem para os Renault´s Clios, vão aos locais e oiçam as pessoas. Pouparão dinheiro em ginásios, conhecerão novas gentes e verão que o Portugal interior é um pouco diferente quando não é visto através de um ecrã ou ouvido por um telefone.
Citações
abril 27, 2004
Google search do dia
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&oe=UTF-8&q=lotaria%20major%20valentim&meta=lr=lang_pt
Mais uma busca Google interessante: associar o major Valentim à lotaria. Não percebi bem qual a vertente do interesse do buscador, mas a verdade é que o major, supostamente, terá conseguido tornar concursos públicos de adjudicação de obras e jogos de futebol verdadeiras lotarias para os intervenientes, e sem que a Santa Casa da Misericórdia lucrasse algo com isso. Em contrapartida, parece que a filha do seu ”rico pai, que gosta tanto dele” e a restante prole não devem ter perdido a oportunidade de passar o lustro aos assentos dos Porsches, BMW e Mercedes que pernoitam os seus cavalos nos estábulos da vivenda da “Famiglia”.
E a verdade é que os bólides são bem tratados pelo clã. A prová-lo estão os 24 lugares de garagem (supostamente para os carritos repousarem discretamente) e as 23 arrecadações (supostamente para guardar os acessórios de limpeza dos carritos) espalhados pelo país e propriedade do major.
Agora, quando estava a escrever isto e não sei porquê, talvez por causa dos charutos, lembrei-me da “Família Soprano”.
Também é uma boa série de TV.
Mais uma busca Google interessante: associar o major Valentim à lotaria. Não percebi bem qual a vertente do interesse do buscador, mas a verdade é que o major, supostamente, terá conseguido tornar concursos públicos de adjudicação de obras e jogos de futebol verdadeiras lotarias para os intervenientes, e sem que a Santa Casa da Misericórdia lucrasse algo com isso. Em contrapartida, parece que a filha do seu ”rico pai, que gosta tanto dele” e a restante prole não devem ter perdido a oportunidade de passar o lustro aos assentos dos Porsches, BMW e Mercedes que pernoitam os seus cavalos nos estábulos da vivenda da “Famiglia”.
E a verdade é que os bólides são bem tratados pelo clã. A prová-lo estão os 24 lugares de garagem (supostamente para os carritos repousarem discretamente) e as 23 arrecadações (supostamente para guardar os acessórios de limpeza dos carritos) espalhados pelo país e propriedade do major.
Agora, quando estava a escrever isto e não sei porquê, talvez por causa dos charutos, lembrei-me da “Família Soprano”.
Também é uma boa série de TV.
Flashes da mente
Andava intrigado com a associação de ideias que me conduziu ao post anterior. Lembrei-me agora. Afinal ela, mesmo com low-profile, voltou. Welcome.
Cantigas de Carrocel
OUÇAM
OUÇAM
O VENTO MUDOU
ELA NÃO VOLTOU
AS AVES PARTIRAM
AS FOLHAS CAÍRAM
ELA QUIS VIVER
E O MUNDO CORRER
PROMETEU VOLTAR
SE O VENTO MUDAR
E O VENTO MUDOU
E ELA NÃO VOLTOU
SEI QUE ELA MENTIU
P'RA SEMPRE FUGIU
VENTO POR FAVOR
TRAZ-ME O SEU AMOR
VÊ QUE EU VOU MORRER
SEM NÃO MAIS A TER.
NUVENS TENHAM DÓ
QUE EU ESTOU TÃO SÓ
BATAM-LHE À JANELA
CHOREM SOBRE ELA
E AS NUVENS CHORARAM
E QUANDO VOLTARAM
SOUBE QUE MENTIRA
P'RA SEMPRE FUGIRA
NUVENS POR FAVOR
CUBRAM MINHA DOR
JÁ QUE EU VOU MORRER
SEM NÃO MAIS A TER
OUÇAM
OUÇAM
OUÇAM
O Vento Mudou - João Magalhães Pereira - (Festival da Canção 1967)
OUÇAM
O VENTO MUDOU
ELA NÃO VOLTOU
AS AVES PARTIRAM
AS FOLHAS CAÍRAM
ELA QUIS VIVER
E O MUNDO CORRER
PROMETEU VOLTAR
SE O VENTO MUDAR
E O VENTO MUDOU
E ELA NÃO VOLTOU
SEI QUE ELA MENTIU
P'RA SEMPRE FUGIU
VENTO POR FAVOR
TRAZ-ME O SEU AMOR
VÊ QUE EU VOU MORRER
SEM NÃO MAIS A TER.
NUVENS TENHAM DÓ
QUE EU ESTOU TÃO SÓ
BATAM-LHE À JANELA
CHOREM SOBRE ELA
E AS NUVENS CHORARAM
E QUANDO VOLTARAM
SOUBE QUE MENTIRA
P'RA SEMPRE FUGIRA
NUVENS POR FAVOR
CUBRAM MINHA DOR
JÁ QUE EU VOU MORRER
SEM NÃO MAIS A TER
OUÇAM
OUÇAM
OUÇAM
O Vento Mudou - João Magalhães Pereira - (Festival da Canção 1967)
Citações
"O homo sapiens foi o primeiro e único ser vivo da história da evolução a descobrir que era mortal. E depois como é que ele reage? Inventa histórias para explicar como se meteu nesta embrulhada e como poderá sair dela."
In Pensamentos Secretos - David Lodge
In Pensamentos Secretos - David Lodge
abril 26, 2004
Sapo search do dia
http://pesquisa.sapo.pt/?chan=&channel=2003&barra=mundial&q=quintas%20para%20casamentos%20no%20alentejo&fs=20&limit=20
Afinal as buscas interessantes não provêm só do Google. Também o Sapo contribui como auxiliar precioso para tarefas engrandecedoras, como seja planear um casamento.
Muito embora, na maioria dos casos, não seja com o próprio dinheiro mas sim com o dos progenitores e/ou padrinhos, organizar o casamento é a primeira prova de fogo para qualquer jovem casal. Listas de convidados, ementa, escolha do fotógrafo, croquis do local acessível do copo d´água, tudo isso são tarefas hercúleas para inexperientes (o segundo casamento já não custa tanto).
Para facilitar essas tarefas constituíram-se um pouco por todo o país empresas de catering ou de eventos que, desde que a fatia de leão das prendas nupciais monetárias reverta a seu favor, até são capazes de colocar à disposição dos noivos e convidados o José Saramago a recitar José Afonso ou a orquestra completa do Tropicana cubano a tocar Rachmaninov.
Agora, em relação à busca, um conselho: quintas no Alentejo para festas de noivado não. Ainda se fosse para despedidas de solteiro conseguia compreender, mas para a festa principal…
Nas quintas alentejanas há calor e o Bacalhau à Brás pode estar estragado; há mosquito e as crianças ficam todas mordidas; há alentejanos e o ritmo é de sorna; é tudo muito brilhante e nem toda a gente tem óculos de sol fashion e, para além disso, há o vinho alentejano que pode levar os convivas mais apreciadores (geralmente todos na base do “se pago consumo”) a não encontrarem o caminho de regresso a casa, originando problemas e consciência aos noivos: “Lembras-te do João? Foi no teu casamento que ele se enganou no carro e zarpou com a mulher do Francisco para o Vilamoura Marinotel.”
Experimentem a inscrição nos “Noivos de Stº António” Fica muito mais barato, acessível e até podem gravar em vídeo numa cassete já velha.
Afinal as buscas interessantes não provêm só do Google. Também o Sapo contribui como auxiliar precioso para tarefas engrandecedoras, como seja planear um casamento.
Muito embora, na maioria dos casos, não seja com o próprio dinheiro mas sim com o dos progenitores e/ou padrinhos, organizar o casamento é a primeira prova de fogo para qualquer jovem casal. Listas de convidados, ementa, escolha do fotógrafo, croquis do local acessível do copo d´água, tudo isso são tarefas hercúleas para inexperientes (o segundo casamento já não custa tanto).
Para facilitar essas tarefas constituíram-se um pouco por todo o país empresas de catering ou de eventos que, desde que a fatia de leão das prendas nupciais monetárias reverta a seu favor, até são capazes de colocar à disposição dos noivos e convidados o José Saramago a recitar José Afonso ou a orquestra completa do Tropicana cubano a tocar Rachmaninov.
Agora, em relação à busca, um conselho: quintas no Alentejo para festas de noivado não. Ainda se fosse para despedidas de solteiro conseguia compreender, mas para a festa principal…
Nas quintas alentejanas há calor e o Bacalhau à Brás pode estar estragado; há mosquito e as crianças ficam todas mordidas; há alentejanos e o ritmo é de sorna; é tudo muito brilhante e nem toda a gente tem óculos de sol fashion e, para além disso, há o vinho alentejano que pode levar os convivas mais apreciadores (geralmente todos na base do “se pago consumo”) a não encontrarem o caminho de regresso a casa, originando problemas e consciência aos noivos: “Lembras-te do João? Foi no teu casamento que ele se enganou no carro e zarpou com a mulher do Francisco para o Vilamoura Marinotel.”
Experimentem a inscrição nos “Noivos de Stº António” Fica muito mais barato, acessível e até podem gravar em vídeo numa cassete já velha.
Citações
abril 24, 2004
Mentes brilhantes
A edição de ontem do “Correio da Manhã” continha uma notícia de carácter policial elaborada por alguém que só pode ser vista como uma mente brilhante. A notícia era mais ou menos assim, mas o comentário final era exactamente como o transcrevo. Avaliem:
Em Vila Real uma jovem de 27 anos apareceu morta num terraço das traseiras do prédio onde morava no 8º andar. Suspeita-se que terá sido queda acidental ou provocada por alguém.
Em Vila Real uma jovem de 27 anos apareceu morta num terraço das traseiras do prédio onde morava no 8º andar. Suspeita-se que terá sido queda acidental ou provocada por alguém.
Citações
abril 23, 2004
Google search do dia
http://www.google.com.br/search?q=mexilhão exotico -dourado
Hoje tive o prazer de ter aqui uma visita do Brasil à procura de mexilhão exótico dourado. Muito me apraz que, embora da terra do samba, ainda haja pessoas que julguem que os mexilhões podem ser exóticos e, mais surpreendente do que isso, dourados, visto que é sabido ser o mexilhão o individuo que sempre se lixa, o que não tem nada de exótico, o que pode fazer ficar negro de raiva, vermelho de fúria, verde de inveja, mas nunca dourado. Isso será, na melhor das hipóteses, para os mexilhões nascidos em berço de oiro, mas esses não são mexilhões unicamente mas Senhores Doutores Mexilhões ou Majores ou deputados, nunca comuns produtos populares.
De qualquer forma agradeço a visita.
Hoje tive o prazer de ter aqui uma visita do Brasil à procura de mexilhão exótico dourado. Muito me apraz que, embora da terra do samba, ainda haja pessoas que julguem que os mexilhões podem ser exóticos e, mais surpreendente do que isso, dourados, visto que é sabido ser o mexilhão o individuo que sempre se lixa, o que não tem nada de exótico, o que pode fazer ficar negro de raiva, vermelho de fúria, verde de inveja, mas nunca dourado. Isso será, na melhor das hipóteses, para os mexilhões nascidos em berço de oiro, mas esses não são mexilhões unicamente mas Senhores Doutores Mexilhões ou Majores ou deputados, nunca comuns produtos populares.
De qualquer forma agradeço a visita.
Superstições
Depois de um exaustivo estudo cheguei à conclusão de que Miguel Cadilhe, ex-ministro e afamado economista, é o responsável por muito do que se passa em relação à taxa de natalidade dos portugueses.
O povo português continua supersticioso e intimamente ligado à sua cultura ancestral. Por este motivo, o celebre ditado popular “Quem tem filhos tem cadilhos” levou a que muito casais, admiradores do Sr. ex-meu colega, abusassem da faculdade procriativa natural na esperança de que, de entre a sua prole, surgisse um crânio como o seu ídolo.
Por outro lado Miguel Cadilhe também tem detractores, pessoas que lhe reconhecem menos competência e para quem a sua figura representa uma espécie de pesadelo só suplantado ao recordarem que M.M. Carrilho também anda por aí. Esses casais, ainda sob a influência do ditado popular, recusam-se determinantemente a contribuir para o crescimento da população portuguesa e a terem filhos, aterrorizados pela simples ideia de que poderão gerar um clone de Cadilhe.
Enfim… superstições.
O povo português continua supersticioso e intimamente ligado à sua cultura ancestral. Por este motivo, o celebre ditado popular “Quem tem filhos tem cadilhos” levou a que muito casais, admiradores do Sr. ex-meu colega, abusassem da faculdade procriativa natural na esperança de que, de entre a sua prole, surgisse um crânio como o seu ídolo.
Por outro lado Miguel Cadilhe também tem detractores, pessoas que lhe reconhecem menos competência e para quem a sua figura representa uma espécie de pesadelo só suplantado ao recordarem que M.M. Carrilho também anda por aí. Esses casais, ainda sob a influência do ditado popular, recusam-se determinantemente a contribuir para o crescimento da população portuguesa e a terem filhos, aterrorizados pela simples ideia de que poderão gerar um clone de Cadilhe.
Enfim… superstições.
Depois de 24 Horas
Eu já aqui referi diversas vezes que, entre outros jornais, também leio o “24 Horas”. Dizem que não é um jornal, que não é isto mas é aquilo, mas seja como for é uma fonte de informação, tablóide quanto baste e depois de accionados alguns filtros mentais, para conhecer o que vai pelo nosso país de bons costumes.
Depois de uma passagem de olhos pelo dito, ficaram-me no pensamento duas situações:
- Elsa Raposo – a “tal” Elsa – foi internada numa clínica de Carnaxide especializada em tratamentos de depressões e afins. Bem me queria parecer que, mesmo para uma loira, eram burrices demais em tão pouco tempo. Afinal a senhora anda com a cabeça um bocado avariada. Consequência de quem já foi uma bela acordada que não sabe como envelhecer.
- A outra situação é a crónica de Joaquim Letria na última página. Eloquentemente, o Sr. Letria chama a atenção para os infortunados que viveram o 25 de Abril de 1974 numa idade difícil. Não se aperceberam das dificuldades sociais da ditadura nem abraçaram as ultimas causas politicas do século passado porque ainda não tinham idade para isso; não ouviram os Beates em directo nem viveram o Maio de 68. Não usufruem totalmente dos privilégios inerentes à liberdade pós-25 porque já não têm idade para isso. Vale a pena ler toda a crónica. Revi-me nela e não sou o único cá da terra a ter nascido na década de sessenta.
Depois de uma passagem de olhos pelo dito, ficaram-me no pensamento duas situações:
- Elsa Raposo – a “tal” Elsa – foi internada numa clínica de Carnaxide especializada em tratamentos de depressões e afins. Bem me queria parecer que, mesmo para uma loira, eram burrices demais em tão pouco tempo. Afinal a senhora anda com a cabeça um bocado avariada. Consequência de quem já foi uma bela acordada que não sabe como envelhecer.
- A outra situação é a crónica de Joaquim Letria na última página. Eloquentemente, o Sr. Letria chama a atenção para os infortunados que viveram o 25 de Abril de 1974 numa idade difícil. Não se aperceberam das dificuldades sociais da ditadura nem abraçaram as ultimas causas politicas do século passado porque ainda não tinham idade para isso; não ouviram os Beates em directo nem viveram o Maio de 68. Não usufruem totalmente dos privilégios inerentes à liberdade pós-25 porque já não têm idade para isso. Vale a pena ler toda a crónica. Revi-me nela e não sou o único cá da terra a ter nascido na década de sessenta.
Citações
"O seu médico, o seu farmacêutico, mas principalmente a sua consciência, podem ajudá-lo a deixar de fumar."
Adaptação livre de conselho hipócrita
Adaptação livre de conselho hipócrita
abril 22, 2004
Ciganices com patente
A comunidade cigana de Gondomar prepara-se para fazer uma festa "de rombo" (sic) ao Major Valentim logo que este seja liberado pelo tribunal - que ele é um homem bão, um homem do povo e etc. - festa essa onde não se importam de gastar até 1.000 contos.
Finalmente vamos poder ver os ciganos unidos. É bonito.
Finalmente vamos poder ver os ciganos unidos. É bonito.
As duas ultimas citações que post´ei fazem referencias a Deus, um qualquer Deus não definido mas sempre assumido como entidade suprema e protectora.
Nos dias que correm, a fé, tal como a criminalidade, aumenta na mesma proporção do descontentamento e da desilusão, da falta de objectivos alcançáveis, de caminhos com inúmeras portagens, do desfazer de sonhos.
O incremento da fé, tal como muita da criminalidade, provém do desespero. A dificuldade crescente em conseguir seja o que for pelos métodos normais, agravada pelo conhecimento cada vez maior da existência de outros mundos inatingíveis.
Esta não é a fé que deveríamos ter. Não por estes motivos. Ou será que este mundo, como agora o conhecemos, serve de Paraíso para poucos, Purgatório para alguns e Inferno de muitos?
Nos dias que correm, a fé, tal como a criminalidade, aumenta na mesma proporção do descontentamento e da desilusão, da falta de objectivos alcançáveis, de caminhos com inúmeras portagens, do desfazer de sonhos.
O incremento da fé, tal como muita da criminalidade, provém do desespero. A dificuldade crescente em conseguir seja o que for pelos métodos normais, agravada pelo conhecimento cada vez maior da existência de outros mundos inatingíveis.
Esta não é a fé que deveríamos ter. Não por estes motivos. Ou será que este mundo, como agora o conhecemos, serve de Paraíso para poucos, Purgatório para alguns e Inferno de muitos?
Citações
abril 21, 2004
Google search do dia
A busca que hoje aqui chegou e merece uma reflexão teve como palavras-chave “ como se veste uma secretária”.
Ora bem, uma secretária, seja qual for o local que vá secretariar, convém realmente chegar vestida, mesmo que a sua anterior profissão tenha sido stripper. O modelo deve ser um sóbrio saia e casaco, de cor suave – preferencialmente tons pastel – mas que seja fácil de despir. A razão da observância deste aspecto, ao contrário do que se pode julgar à primeira leitura, prende-se com o facto de ser fácil ficar com nódoas de café, tinta, cola ou outra substância inerente à profissão. Também por esta razão, convém ter uma indumentária de reserva no cacifo e a troca da que se sujou pela limpa deve sempre ser efectuada longe dos olhares do patrão, pelo menos aparentemente, embora não seja de desprezar, com vista a um possível aumento de ordenado, deixar uma fresta da porta aberta durante a operação.
Isso leva-nos à importância da roupa interior. Nunca se devem usar camisolas interiores ou collants devido ao calor do ar condicionado, e os cintos de ligas, aliados ás saias justas dois palmos acima do joelho, dão sempre um ar profissional sempre que apanhar algo do chão ou abrir a ultima gaveta do arquivo.
Seguindo uns conselhos tão simples decerto será uma profissional trajada a rigor e com futuro na empresa.
Ora bem, uma secretária, seja qual for o local que vá secretariar, convém realmente chegar vestida, mesmo que a sua anterior profissão tenha sido stripper. O modelo deve ser um sóbrio saia e casaco, de cor suave – preferencialmente tons pastel – mas que seja fácil de despir. A razão da observância deste aspecto, ao contrário do que se pode julgar à primeira leitura, prende-se com o facto de ser fácil ficar com nódoas de café, tinta, cola ou outra substância inerente à profissão. Também por esta razão, convém ter uma indumentária de reserva no cacifo e a troca da que se sujou pela limpa deve sempre ser efectuada longe dos olhares do patrão, pelo menos aparentemente, embora não seja de desprezar, com vista a um possível aumento de ordenado, deixar uma fresta da porta aberta durante a operação.
Isso leva-nos à importância da roupa interior. Nunca se devem usar camisolas interiores ou collants devido ao calor do ar condicionado, e os cintos de ligas, aliados ás saias justas dois palmos acima do joelho, dão sempre um ar profissional sempre que apanhar algo do chão ou abrir a ultima gaveta do arquivo.
Seguindo uns conselhos tão simples decerto será uma profissional trajada a rigor e com futuro na empresa.
Reconsiderando
Como só os burros é que não mudam de opinião e como me tenho em melhor conta de que qualquer um destes simpáticos animais, reconsiderei e admito que as buscas Google são um manancial inspirativo que não é de desprezar. Como tal, e não pretendendo efectuar qualquer serviço público porque para isso já existe a Loja do Cidadão e a RTP 2, vou procurar dar resposta sob a forma de post a algumas buscas efectuadas e que conduziram “clientes” a este modesto mas bem intencionado Ministério, na esperança que regressem e consigam esclarecer algumas dúvidas.
Citações
abril 20, 2004
Inocênciazinha
O Verão e a época balnear estão a poucos meses de distância. As férias da Páscoa já serviram para as crianças anteciparem diversões inocentes, como as conhecidas esculturas na areia.
Mais um crente
Depois de saber que a PJ arrecadou - mesmo que temporáriamente - Valentim Loureiro, agora sim, estou capaz de acreditar em tudo!
Citações
"Ficar velho é uma experiência fascinante. Quanto mais velho você fica mais velho você quer ser."
Keith Richards, Rolling Stones
Keith Richards, Rolling Stones
abril 19, 2004
Links
Nunca pretendi ter uma lista de links exaustiva mas sim uma que, efectivamente, me conduzisse a mim e a quem aqui vem - mesmo por engano - à descoberta de outras paragens agradáveis e sem serem as as clássicas por parecer bem.
Por manifesta falta de tempo ainda não consegui actualizá-la, tirando blog´s de quem os seus donos se divorciaram e colocando outros que entretanto foram aparecendo na web no meu caminho.
Depois da consulta diária da minha carta astrológica, cheguei à conclusão que, para mim e outros nativos do meu signo, o dia de amanhã vai parecer ter 26 horas. Amanhã vou tratar disto.
Por manifesta falta de tempo ainda não consegui actualizá-la, tirando blog´s de quem os seus donos se divorciaram e colocando outros que entretanto foram aparecendo na web no meu caminho.
Depois da consulta diária da minha carta astrológica, cheguei à conclusão que, para mim e outros nativos do meu signo, o dia de amanhã vai parecer ter 26 horas. Amanhã vou tratar disto.
Citações
"Se considero quanto me custa a ideia de deixar a vida, devo ter sido mais feliz do que pensava."
Claude Aveline
Claude Aveline
abril 18, 2004
Hey You
Sim, isto é mesmo consigo!
Se veio ter a este blog através de uma busca Google na esperança de ver comentários sérios demais, porcos demais, radicais demais ou apenas nudez qb, está enganado.
Este não é um ministério qualquer. Este é O Ministério!
Mas fico sempre muito curioso: se anda no Google em busca dos atributos fisicos da Marisa Cruz, das birras da Pimpinha e outras coisas do género, porque diabo veio a um blog que tem Bom Senso como título?
Citações
"Sempre viveram no mesmo barco
Foram farinha do mesmo saco
Da mesma marinha, da mesma rainha
Sob a mesma bandeira
Tremulando no mastro
E assim foram seguindo os astros
Cortaram as amarras e os nós
Deixando pra trás o porto e o cais
Berrando até perder a voz
Em busca do imenso,
Do silêncio mais intenso
Que está depois dos temporais
E assim foram sempre em frente
Fazendo amor pelos sete mares
Inchando a água de alga e peixe
Seguindo os ventos
As marés e as correntes
O caminho dos golfinhos
A trilha das baleias
E não havia arrecifes
Nem bancos de areia
Nem temores, nem mais dores
Não havia cansaço
Só havia, só havia azul e espaço
Depois dos temporais-Ivan Lins
Foram farinha do mesmo saco
Da mesma marinha, da mesma rainha
Sob a mesma bandeira
Tremulando no mastro
E assim foram seguindo os astros
Cortaram as amarras e os nós
Deixando pra trás o porto e o cais
Berrando até perder a voz
Em busca do imenso,
Do silêncio mais intenso
Que está depois dos temporais
E assim foram sempre em frente
Fazendo amor pelos sete mares
Inchando a água de alga e peixe
Seguindo os ventos
As marés e as correntes
O caminho dos golfinhos
A trilha das baleias
E não havia arrecifes
Nem bancos de areia
Nem temores, nem mais dores
Não havia cansaço
Só havia, só havia azul e espaço
Depois dos temporais-Ivan Lins
abril 17, 2004
Citações
abril 16, 2004
Porquê? - Parte II
O post anterior, apesar de não ter comentários, precipitou algumas (3) reacções por mail devidamente não identificadas onde, entre outros mimos, me perguntavam porque não ia eu morar para Espanha e me prediziam um futuro à espanhola (bomba da ETA no carro ou cornos de boi na barriga… o que já não é mau).
Por esse motivo cheguei à conclusão de que falhei na comunicação e vou complementá-la: realmente Portugal é – ou tem sido – um relativo paraíso se compararmos com o resto do mundo em matéria de segurança. Gosto de ser português também por isso. Mas a verdade é que os bons exemplos, e aqueles que estão perto, deveriam ser seguidos e, mais do que isso, deveríamos obrigar a classe politica profissional e os gestores de dinheiros alheios a conduzir um futuro, que é o nosso, com os olhos postos nesses bons exemplos e a deixar de vez as mentiras politicamente correctas e socialmente dramáticas.
Tenho dito!
Por esse motivo cheguei à conclusão de que falhei na comunicação e vou complementá-la: realmente Portugal é – ou tem sido – um relativo paraíso se compararmos com o resto do mundo em matéria de segurança. Gosto de ser português também por isso. Mas a verdade é que os bons exemplos, e aqueles que estão perto, deveriam ser seguidos e, mais do que isso, deveríamos obrigar a classe politica profissional e os gestores de dinheiros alheios a conduzir um futuro, que é o nosso, com os olhos postos nesses bons exemplos e a deixar de vez as mentiras politicamente correctas e socialmente dramáticas.
Tenho dito!
Porquê?
Em Espanha os combustíveis são mais baratos do que em Portugal. A electricidade em Espanha custa menos 40% do que em Portugal. Os automóveis em Espanha são muito menos caros do que em Portugal. Portugal está dependente de Espanha nas comunicações viárias com o resto da Europa. O plano hidrográfico nacional está condicionado aos pareceres de Madrid. Em Espanha já tiveram Jogos Olímpicos e Mundiais de Futebol. O salário mínimo espanhol é muito superior ao português. A Espanha tem uma frota pesqueira e Portugal um bando de pescadores. Muitas empresas multinacionais deslocaram os seus centros de decisão de Portugal para Espanha.
Porque querem beatificar o Condestável Nuno Álvares Pereira?
Porque querem beatificar o Condestável Nuno Álvares Pereira?
Citações
"Que ninguém diga a uma criança que lhe trará um presente sem ter a certeza de que manterá a palavra. Se o fizer, ensiná-la-á a mentir."
Provérbio judaico
Provérbio judaico
abril 15, 2004
Favela War
Perguntava-me ontem a D. Gotinha se eu ainda via televisão. A verdade é que vejo e, apesar das novelas da vida real apresentadas diariamente, ainda considero a TV um instrumento fundamental para o desenvolvimento de opiniões e a maior invenção do século passado a seguir ao automóvel - ninguém é perfeito.
Uma das notícias que me tem prendido a atenção tem a ver com a intervenção policial maciça no Brasil, mais concretamente na favela Rocinha.
Esta acção levada a cabo por forças policiais com siglas engraçadas (acho a sigla GARRA um must) tem incidido, tal como muitas outras noticiadas, exclusivamente na guerra aos traficantes, e é mesmo esse facto que me faz colocar a questão, talvez por desconhecimento devido ao mar no meio, sobre o que é que é traficado. Não se ouve ninguém queixar de consumos de drogas com excepção da cola de cheiro e não são apresentadas quaisquer medidas para diminuir um consumo, pelo que, aparentemente este não existe. Será um daqueles casos em que há mais chefes do que índios ou estarão a falar de tráfico de biquinis fio dental?
Citações
"Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior do que ele, e que precisava de um amigo."
Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupery
Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupery
abril 14, 2004
Cine-realidade brasileira: "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.”
Não querendo pôr em causa o indiscutível mérito do cinema brasileiro que consegue ultrapassar as fronteiras do país, é triste que esse mesmo sucesso seja alicerçado em filmes sobre a triste realidade social brasileira.
Hector Babenco começou a exposição da sociedade favelada brasileira em 1981 com “Pixote – A Lei do mais fraco”, que foi retomada em 2002 com o excelente “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles (é natural que existam outros filmes do género mas que não cruzaram oceanos) e que podemos encontrar em qualquer vídeo clube perto de nós ou na Feira do Relógio.
Não querendo perder o barco cinematográfico e com um campo de pesquisa tão rico em temas como é o país irmão, Hector Babenco regressa agora aos ecrãs com o filme de 2003 “Carandiru”.
Aconselho vivamente a ver – ou rever – os três filmes. São excelentes complementos das férias em Fortaleza ou das sessões do “Cidade Alerta” do canal Rede Record.
Hector Babenco começou a exposição da sociedade favelada brasileira em 1981 com “Pixote – A Lei do mais fraco”, que foi retomada em 2002 com o excelente “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles (é natural que existam outros filmes do género mas que não cruzaram oceanos) e que podemos encontrar em qualquer vídeo clube perto de nós ou na Feira do Relógio.
Não querendo perder o barco cinematográfico e com um campo de pesquisa tão rico em temas como é o país irmão, Hector Babenco regressa agora aos ecrãs com o filme de 2003 “Carandiru”.
Aconselho vivamente a ver – ou rever – os três filmes. São excelentes complementos das férias em Fortaleza ou das sessões do “Cidade Alerta” do canal Rede Record.
Ficção nacional
Coincidências são factos pouco prováveis no panorama televisivo, pelo menos no que concerne a ficção.
Assistimos a aproveitamentos descarados de formulas já testadas com sucesso e mascaradas pelas produtoras de televisão, suponho que com o devido respeito acautelado pela Sociedade Portuguesa de Autores (está-se mesmo a ver). Temos exemplos flagrantes como o verdadeiro pastor alemão Rex e o seu sósia Max que, por não aguentar a pedalada (ou patada) do original, tem de se desdobrar em três actores caninos. A TVI anda também desesperadamente no encalço dos “Malucos do Riso” e agora, mais uma vez originalmente, fez surgir uma coisa chamada “Batanetes” mas que poderia chamar-se outra coisa qualquer, como Plágio Anedótico. Agora vamos esperar para ver se conseguiram contratar a Pan-Queca Anderson para a nova série (original) “Maré Alta” ou têm de se contentar com a tal Miss Matadinho que andou involuntariamente a espalhar XXX aqui pela net.
Assistimos a aproveitamentos descarados de formulas já testadas com sucesso e mascaradas pelas produtoras de televisão, suponho que com o devido respeito acautelado pela Sociedade Portuguesa de Autores (está-se mesmo a ver). Temos exemplos flagrantes como o verdadeiro pastor alemão Rex e o seu sósia Max que, por não aguentar a pedalada (ou patada) do original, tem de se desdobrar em três actores caninos. A TVI anda também desesperadamente no encalço dos “Malucos do Riso” e agora, mais uma vez originalmente, fez surgir uma coisa chamada “Batanetes” mas que poderia chamar-se outra coisa qualquer, como Plágio Anedótico. Agora vamos esperar para ver se conseguiram contratar a Pan-Queca Anderson para a nova série (original) “Maré Alta” ou têm de se contentar com a tal Miss Matadinho que andou involuntariamente a espalhar XXX aqui pela net.
O preço da gasosa
Dia sim, dia não – com mais dias não do que sim – surgem noticias de protestos populares derivados dos aumentos de combustíveis. Os protestos tímidos de uns milhões de portugueses, devido ao aumento da comida dos seus cavalos, só vêm confirmar a impossibilidade de uma população desorganizada se constituir em cartel de consumidor, ao contrário das gasolineiras.
O argumento mor, digno de quem foi atacado por sindroma pinoquiano, é que o preço do petróleo não pára de subir, mas a pergunta repete-se: “será que os espanhóis têm descontos no petróleo e, por isso, têm a gasolina mais barata?”
A resposta, dada em observância do mesmo sindroma, é simples: eles são mais e a OPEP concede-lhes desconto de quantidade.
O argumento mor, digno de quem foi atacado por sindroma pinoquiano, é que o preço do petróleo não pára de subir, mas a pergunta repete-se: “será que os espanhóis têm descontos no petróleo e, por isso, têm a gasolina mais barata?”
A resposta, dada em observância do mesmo sindroma, é simples: eles são mais e a OPEP concede-lhes desconto de quantidade.
Citações
"Se não consegue dormir, mais vale levantar-se e fazer qualquer coisa. O que o consome é a preocupação, não a falta de sono."
Dale Carnegie, guru motivacional
Dale Carnegie, guru motivacional
abril 13, 2004
Citações
"Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você."
Apparício Torelli, Barão de Itararé
Apparício Torelli, Barão de Itararé
abril 12, 2004
Comida light com outros contornos
Como já hoje escrevi sobre uma loira, manda o Bom Senso e a oportunidade que faça um post sobre outra, mais mediática, quer pela sua presença imponente quer porque me parece ser a ela que se deve uma palavra muito em voga nos tempos que correm.
De facto, Pamela Anderson parece ter regressado para os braços do seu ex – Tommy Lee, com quem contracenou num vídeo caseiro capaz de conquistar algumas nomeações para os Óscares porno americanos.
A palavra que deverá ter derivado da fama de Pamela em consequência não de marés vivas mas sim deste vídeo, confunde-se com os novos hábitos alimentares dos portugueses que prontamente identificaram a aparentemente saborosa Pamela com panqueca – Pam-queca – o que motivou só por si uma palavra obrigatória em qualquer livro cultural, como são a maioria dos escrevinhados pela nova geração de escritores light nacionais, apreciadores de quecas com Pam ou sem ela.
Quer queiramos quer não e mesmo com receio de emagrecer, teremos de aderir tanto ás panquecas como a elas sem Pam nem manteiga porque a continuação da vida no Planeta depende disso, só que Darwin e Bocage chamavam-lhe outro nome.
De facto, Pamela Anderson parece ter regressado para os braços do seu ex – Tommy Lee, com quem contracenou num vídeo caseiro capaz de conquistar algumas nomeações para os Óscares porno americanos.
A palavra que deverá ter derivado da fama de Pamela em consequência não de marés vivas mas sim deste vídeo, confunde-se com os novos hábitos alimentares dos portugueses que prontamente identificaram a aparentemente saborosa Pamela com panqueca – Pam-queca – o que motivou só por si uma palavra obrigatória em qualquer livro cultural, como são a maioria dos escrevinhados pela nova geração de escritores light nacionais, apreciadores de quecas com Pam ou sem ela.
Quer queiramos quer não e mesmo com receio de emagrecer, teremos de aderir tanto ás panquecas como a elas sem Pam nem manteiga porque a continuação da vida no Planeta depende disso, só que Darwin e Bocage chamavam-lhe outro nome.
Empresas fictícias
Uma das referências nacionais dos últimos tempos, no que concerne à dificuldade de vida de um jet-set mais fictício do que muitas produções, é loira e dá pelo nome de Elsa.
Dizem as publicações especializadas que a senhora é empresária. Aliás, não dizem, referem até à exaustão. Acho simpática a intenção e a atitude, mas não se pode ser empresário quando o único produto da empresa é uma imagem de marca de um nível próximo do nada e que sobrevive dos escândalos próprios de quem pensou ser dona da juventude eterna.
Tenho pena da D. Elsa. Não deveria ter deixado para tão tarde na vida o único investimento que uma empresária do seu gabarito poderia fazer: arranjar um homem rico e parvo.
Dizem as publicações especializadas que a senhora é empresária. Aliás, não dizem, referem até à exaustão. Acho simpática a intenção e a atitude, mas não se pode ser empresário quando o único produto da empresa é uma imagem de marca de um nível próximo do nada e que sobrevive dos escândalos próprios de quem pensou ser dona da juventude eterna.
Tenho pena da D. Elsa. Não deveria ter deixado para tão tarde na vida o único investimento que uma empresária do seu gabarito poderia fazer: arranjar um homem rico e parvo.
Citações
abril 10, 2004
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abril 08, 2004
Razões que a razão conhece
É capaz de ser anedota mas não quero deixar de compartilhar uma estória que um professor meu amigo me contou e, supostamente ter-se-á passado com ele:
Um aluno com cerca de 14 anos e de boas famílias começou repentinamente a descer de rendimento nas aulas de inglês dadas pelo meu amigo e quando era questionado sobre as olheiras que apresentava frequentemente apenas respondia "insónia".
Depois de algumas semanas e de ter tentado em vão que o encarregado de educação se dirigisse à escola, o Prof. resolveu passar ele por casa do aluno, depois de previamente ter combinado com a mãe deste a hora e o dia.
Na data aprazada tocou à campainha de uma vivenda em condomínio fechado e a porta foi aberta por uma loira estonteante. Depois de se identificar, a loira disse-lhe que a senhora estava à sua espera e conduziu-o a uma sala digna de figurar em qualquer revista de decoração, onde se encontrava sentada uma senhora que se apresentou como mãe do aluno.
Antes de entrar em pormenores, a referida senhora amavelmente perguntou ao meu amigo se aceitava um chá, ao que este respondeu afirmativamente.
A senhora carregou nalgumas teclas de um telefone portátil e a loira entrou na sala.
A senhora, mãe do aluno, dirigiu-se à loira: "Sónia, por favor traga um chá para o Sr. Professor"...
Um aluno com cerca de 14 anos e de boas famílias começou repentinamente a descer de rendimento nas aulas de inglês dadas pelo meu amigo e quando era questionado sobre as olheiras que apresentava frequentemente apenas respondia "insónia".
Depois de algumas semanas e de ter tentado em vão que o encarregado de educação se dirigisse à escola, o Prof. resolveu passar ele por casa do aluno, depois de previamente ter combinado com a mãe deste a hora e o dia.
Na data aprazada tocou à campainha de uma vivenda em condomínio fechado e a porta foi aberta por uma loira estonteante. Depois de se identificar, a loira disse-lhe que a senhora estava à sua espera e conduziu-o a uma sala digna de figurar em qualquer revista de decoração, onde se encontrava sentada uma senhora que se apresentou como mãe do aluno.
Antes de entrar em pormenores, a referida senhora amavelmente perguntou ao meu amigo se aceitava um chá, ao que este respondeu afirmativamente.
A senhora carregou nalgumas teclas de um telefone portátil e a loira entrou na sala.
A senhora, mãe do aluno, dirigiu-se à loira: "Sónia, por favor traga um chá para o Sr. Professor"...
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abril 07, 2004
Perdas
Perdi-a na mesma manhã azul brilhante em que o meu espírito fugiu de mim, tentando vaguear na área não permitida da mente, na zona amarela da realidade constante, na reflexão de um tormento iminente de tantos anos.
Perdi a esperança de a recuperar, de a voltar a sentir com a mesma intensidade a que me habituara sem dar por isso, pelo valor sem preço do que está à mão mas por entre os dedos escorrega, deslizando para profundezas inimagináveis e sem regresso.
Talvez por isso a tenha mesmo perdido, à minha alma oferecida, que nem vendida foi, como se me tivesse tornado um Fausto inexperiente nestas coisas da vida, sem brilho, sem o brilho de certas manhãs.
Reflexões de uma manhã de 4ª feira
A intimidade de cada um é muito mais do que aquilo que vulgarmente se pensa passar dentro das quatro paredes de um quarto.
A verdadeira intimidade é o conjunto de segredos que as 21 gramas de alma guardam até ao momento de partirem para parte incerta. São os pecados praticados mentalmente, os apetites inconfessáveis, a reserva de um ser que se pretende manter único e acaba por ser misterioso, quantas vezes mesmo para ele próprio.
Nos dias de hoje, tal como nos passados, as pessoas reconhecem como melhores amigas a imagem que vêm no espelho, e as conversas em jeito de confissão continuam a ser feitas mentalmente com esse melhor amigo ou em voz alta em locais desertos e ermos.
O mito da alma gémea continua isso mesmo – um mito – e parece não existir nada que nos deixe abrir janelas interiores completamente à vontade e sem receios.
A verdadeira intimidade é o conjunto de segredos que as 21 gramas de alma guardam até ao momento de partirem para parte incerta. São os pecados praticados mentalmente, os apetites inconfessáveis, a reserva de um ser que se pretende manter único e acaba por ser misterioso, quantas vezes mesmo para ele próprio.
Nos dias de hoje, tal como nos passados, as pessoas reconhecem como melhores amigas a imagem que vêm no espelho, e as conversas em jeito de confissão continuam a ser feitas mentalmente com esse melhor amigo ou em voz alta em locais desertos e ermos.
O mito da alma gémea continua isso mesmo – um mito – e parece não existir nada que nos deixe abrir janelas interiores completamente à vontade e sem receios.
Citações
"Em todas as almas há coisas secretas cujo segredo é guardado até à morte delas."
Mário de Sá-Carneiro
Mário de Sá-Carneiro
abril 06, 2004
Dreamer
O Jackpot de um milhão e quatrocentos mil contos do totoloto pôs Portugal a sonhar nesta semana de Páscoa.
Todos os jornais, revistas, actrizes, porteiras, políticos, taxistas e até eu, já fizemos milhares de planos onde gastar o dinheiro quando os números da tômbola acertarem, em regime de exclusividade, com as seis cruzinhas que colocamos no boletim.
Durante uma semana somos ricos de imaginação até que o inevitável balde de água gelada das probabilidades nos tombe em cima, mas enquanto isso não acontece, vou imaginando a macieza dos estofos do Jaguar, a brisa marítima que entra pela janela da vivenda algarvia e o trabalho de fazer as malas para os três meses em Nova Iorque.
Sinto-me tão imaginativamente feliz…
Todos os jornais, revistas, actrizes, porteiras, políticos, taxistas e até eu, já fizemos milhares de planos onde gastar o dinheiro quando os números da tômbola acertarem, em regime de exclusividade, com as seis cruzinhas que colocamos no boletim.
Durante uma semana somos ricos de imaginação até que o inevitável balde de água gelada das probabilidades nos tombe em cima, mas enquanto isso não acontece, vou imaginando a macieza dos estofos do Jaguar, a brisa marítima que entra pela janela da vivenda algarvia e o trabalho de fazer as malas para os três meses em Nova Iorque.
Sinto-me tão imaginativamente feliz…
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abril 05, 2004
Moda sobreposta
De certa forma volto a escrever sobre moda porque tenho percebido uma estratégia que, não sendo nova, só agora me pareceu evidente: já repararam na moda que consiste em usar t-shirt´s ou pólos uns em cima dos outros? Pois bem, trata-se claramente de mais uma jogada oportunista dos fashion makers.
Quando notaram que os consumidores não utilizavam as ditas peças de roupa com a frequência necessária para as estragar e, obviamente, voltar a comprar outras, o sistema ditou que deveriam ser mais usadas e, a única forma, seria assim, uma, duas, três t-shirt´s ao mesmo tempo.
Não tardará muito para que se consigam atingir os objectivos em termos de indumentária cintura-para-cima e então passaremos ao resto. Iremos certamente deparar com teenagers vestidos com sete pólos de fazer inveja ás sete saias da Nazaré e dois pares de jeans, para não falar em óculos postos onde lhes pertence e outros na cabeça a segurar o cabelo. Iremos assistir a indecisões sobre qual dos quatro relógios usados em simultâneo terão as horas certas e a compras de sapatos dois números acima, tal o volume dos três pares de meias.
Enfim, mais uma vez a sociedade de consumo não tem hipóteses de escapar à moda e os ciganos da Feira do Carcavelos agradecem também.
Sir Arthur
O nosso Mr. América ex-apresentador de televisão, apesar de ter um nome latino a fazer lembrar uma estrela de um firmamento distante, não é só constante no que concerne aos gostos femininos por beldades exóticas de sangue afro – mas que nem lhes passe pela cabeça engordar depois de aumentarem a prol.
De facto, o Sr. Artur, para além de alegre conquistador, tem uma queda para se envolver em questões mediáticas como a que agora corre nos jornais, desassossegando a advogada semi-baronesa do jet-set com idade indefinida (há jornais que lhe dão desde 37 anos a 43) e fazendo aquilo que o Ministério da Solidariedade não faz: abrir vagas na função pública, neste particular na Procuradoria-geral da Republica.
A corrupção é uma constante neste país e o Sr. Artur, apesar de tudo, está de parabéns pela denuncia que fez, observando o ditado “doa a quem doer”.
De facto, o Sr. Artur, para além de alegre conquistador, tem uma queda para se envolver em questões mediáticas como a que agora corre nos jornais, desassossegando a advogada semi-baronesa do jet-set com idade indefinida (há jornais que lhe dão desde 37 anos a 43) e fazendo aquilo que o Ministério da Solidariedade não faz: abrir vagas na função pública, neste particular na Procuradoria-geral da Republica.
A corrupção é uma constante neste país e o Sr. Artur, apesar de tudo, está de parabéns pela denuncia que fez, observando o ditado “doa a quem doer”.
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abril 03, 2004
Boas modas
O mundo da moda continua a fascinar gentes de todas as idades, uns por uns motivos, outros por outros. Raros são os adolescentes a quem nunca passou pela cabeça fazer parte de um clube relativamente restrito de pessoas lindas, sempre em festa, e que nem precisam de muitos neurónios para ter uma carreira que os projecte nos espaços televisivos.
O que é certo é que, cada vez mais, os desfiles de moda se tornaram num espectáculo voyeuristico, sejam feitos na passerelle Gaudi ou no Convento do Beato. Os delírios de trapos dos estilistas, aliados a uma beleza física de futuros ex-manequins que algum dia se irão travestir de actores de telenovelas, faz-nos sorrir e pensar "alguém irá vestir tal coisa?"
O destaque dado ao corpo, como quem não quer a coisa, reforça-nos o pensar porque se dão ao trabalho de "vestir" os manequins porque, o que faz mesmo furor, é mesmo a moda bra-less traduzida nesse estranho mundo pela palavra “ousadias”.
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"Eu não tomo drogas, não aprovo o uso de drogas e não aprovo pessoas que usam drogas. A não ser que sejam muito cuidadosas."
Mick Jagger
Mick Jagger
abril 02, 2004
Privilégios rápidos
Olá.
Suponho que todos me conhecem mas não sabem qual o meu mais secreto desejo: ser ministro do Governo português (embora uma Secretaria de Estado já me servisse) para poder ter um BMW e andar por aí à velocidade que mereço.
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"Todo o homem deve dizer: o mundo foi criado para mim e eu assumo essa responsabilidade."
Provérbio judaico
Provérbio judaico
abril 01, 2004
Nova guerrilha africana
Há coisas sérias com as quais se pode brincar e esta é uma delas, salvaguardando a parte séria de tudo apontar para o facto de se verificarem raptos em Moçambique com o intuito de traficar orgãos humanos,
mas tudo sob o olhar guerrilheiro das Irmãs católicas que, tal como Che Guevara fazia,
não dispensam um bom puro nos intervalos das "guerrilhices" (o que soa bem e condiz com as saramaguices).
mas tudo sob o olhar guerrilheiro das Irmãs católicas que, tal como Che Guevara fazia,
não dispensam um bom puro nos intervalos das "guerrilhices" (o que soa bem e condiz com as saramaguices).Saramaguices
Apesar das opiniões discordantes sobre o homem Saramago, a verdade é que ele, sendo quem é e despertando o comum mortal para o seu real peso na vida politica através do voto, ao colocar a questão do que poderia acontecer se numa eleição se verificassem 80% de votos em branco conseguiu instalar um pré-pânico entre a classe politica profissional.
Obviamente tudo se esquecerá com o tempo e o trabalho dos assessores de imprensa e imagem, mas que a ideia era boa em jeito de cartão amarelo, lá isso era.
Obviamente tudo se esquecerá com o tempo e o trabalho dos assessores de imprensa e imagem, mas que a ideia era boa em jeito de cartão amarelo, lá isso era.
Citações
