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dezembro 17, 2004

De repente lembrei-me... 

Por causa do post anterior lembrei-me de uma coisa: a sorte que nós temos em viver em Portugal. Então não é que o piloto preso na Venezuela por causa das Avózinhas alentejanas da coca só parece estar nessa situação porque altas instâncias lá da terra já se imaginam a brincar com o avião apreendido? Que país aquele!
Outra lembrança de momento: e será que, se não houvesse avião apreendido, ouvíamos falar tantas vezes na forma como a Air Luxor e os seus advogados estão a tentar por todos os meios a libertação do piloto?
São só lembranças minhas...

A Lei e a Ordem 

Nunca como agora tivemos a noção da existência de acções policiais visando contrariar a apetência para a falcatrua e impunidade dos chamados colarinhos brancos, mesmo quando os mesmos são ás riscas azuis e brancas, xadrez ou dourados.
De uma forma geral e apesar das constantes reclamações, todos temos a agradável tendência para ver as forças da ordem como isso mesmo e não como papões amedrontadores de crianças ou repressores de consciências adultas. Queremos ver e sentir protecção porque viver em sociedade não é só pagar impostos, ter obrigações definidas por lei e direitos indefinidos por decreto monetário (ou a falta dele).
A eficácia dessas acções em termos de resultado final ainda estão aquém do esperado, mas quem espera não pode desesperar. Vamos primeiro deixá-los habituar a ser estrelas do pequeno ecrán e vamos apreciando aqueles cartazes de propaganda ás esquadras que aparecem ao lado dos materiais apreendidos. O deslumbramento cinematográfico há-de passar-lhes.



dezembro 16, 2004

The Gift 

O Natal é uma época do ano com muita graça: as lojas do chamado cómercio tradicional, ás quais se juntaram as do comércio tradicional chinês, enchem-se das tralhas mais incriveis na esperança de que a vontade de oferecer e o plafond do cartão de crédito dos clientes se conjuguem e consigam recuperar os indices de vendas que todo o ano andaram pelas ruas da amargura. O pior é que as grandes superficies não encolheram e continuam grandes. Vendem brinquedos enormes, camarões moçambicanos de metro e meio, Homens-Aranha maiores do que crianças de 3 anos e livros capazes de competir com as listas telefónicas em número de páginas.
Este ano decidi não oferecer prendas. Nem sequer vou decorar o blog. Não se trata de um boicote ao Natal - que muito respeito - mas sim um assumir de auto estima aliada à economia. A minha presença, quer aqui através da escrita quer pessoalmente nos locais para onde provavelmente irei ser convidado, é uma óptima oferta. Afinal de contas não gosto de contrariar ninguém e eu é que sei as vezes que já ouvi dizerem-me "saiste-me uma bela prenda".

dezembro 15, 2004

Feitiços 

Os acontecimentos sociais, políticos e futebolísticos que são, no fundo, tudo o que alimenta o nosso imaginário revoltoso (isso e a falta de dinheiro), continuam previsiveis com excepção da vitória do FCP na Taça Intercontinental.
Foi uma vitória desportivamente justa num jogo bem disputado, mas que contraria toda a lógica... a não ser... a não ser que tenhamos regressado ao tempo da magia e o FCP tenha descoberto um novo Harry Potter capaz de conceder poderes aos jogadores nesse jogo, poderes esses que semanalmente não utilizam... ou isso ou uns prémios de jogo obscenos, patrocinados já por algum candidato a Presidente em substituição de um Pinto da Costa apaixonado por Salgados e caído em desgraça que nem Sansão, só que neste caso o alvo da perversa Dalila deverá ser outro mais a sul.

Fenómenos e excepções 

As definições de fenómeno têm a ver com acontecimentos invulgares, procedimentos fora do comum, atitudes de excentricidade com consequências “fenomenais”, etc..
A palavra fenómeno é, igualmente, associada a uma localidade portuguesa – o Entroncamento – não porque tenha servido durante todos estes anos de placa giratória para Ovnis em vez de comboios mas sim porque, sabe-se lá porquê, de vez em quando nascerem lá nabos do tamanho de melancias (sem ofensas para os Murteiras nem para os Carlos) ou figos que não cabem em portas (sem ofensa para os Luíses nem para os Paulos).
Toda a vida, e que já se soma numas décadas, tentei vislumbrar um fenómeno "live", e notem que falo em fenómeno e não em milagre, isto porque não sou ambicioso e a última coisa que me apetecia era ser raptado em Fátima e levado no porão de um avião para o Vaticano, sendo depois interrogado por uma data de Fox Mulder´s de sotainas a falar italiano.
A verdade é que, depois de muitos torcicolos consequentes de tentar apanhar um disco voador desprevenido numa noite de sábado e muitas dioptrias adquiridas na nobre tarefa de contar os dedos das mãos de quem estivesse a jeito, na esperança de encontrar 6 em lugar de 5, cheguei à conclusão legitima de que os únicos fenómenos que irei ver são os que possam passar num cinema perto de mim.
Uma excepção possivel: sair-me esta semana o Euromilhões! Nessa altura até era capaz de acreditar que o Pinóquio poderia ganhar as próximas eleições.

dezembro 01, 2004

Razões de sobra 

O PR Jorge Sampaio alicerçou a sua decisão de dissolver a Assembleia e convocar eleições antecipadas em dois factores determinantes:

1) A denúncia televisiva de Ricardo Araújo Pereira - vulgo Gato Fedorento - onde este repete, e bem, que "eles falam, falam e não os vejo fazer nada".

2) O facto de, com a saída de Henrique Chaves, o Governo ter deixado de ser um Governo Portas-Chaves.

Com motivos destes era preciso mais alguma coisa?

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