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maio 25, 2005

À Quinta, à sexta, ao sábado... 

Falta um mês para acabar e ainda não toquei aqui no assunto, o que se tem revelado tão dificil como deixar de fumar, mas não poderia deixar acabar este período da "Quinta das Celebridades II" sem apreciar devidamente algumas personalidades do live-show rural cujas imagens a Endemol tem manuseado (leia-se editado) tão bem.
- Desta vez sobressai a D. Lili mitigando a curiosidade que a plebe tem sentido ao longo de muitos anos pela figura mitica nacional que passou despercebida a Andy Wharol, ou neste momento já teriamos latas de sopa com a loira figura.Image hosted by Photobucket.com
- O fadista Câmara não é surpresa para ninguém. Quem já nasceu assim e se tem mantido por cá durante 53 anos sem aparecer nos tops ao lado do Clemente só pode é querer curtir a vida.
A diferença entre o Miguel Batanete e um relógio suiço está em que o relógio faz tique taque, ao passo que o actor só faz tiques, mas são tiques que nunca mais acabam.
- A Endemol não deve passar muitas das imagens da loira Rute porque não dão audiências. De facto, imagens repetidas de alguém com um papel e uma caneta na mão a deitar contas à vida não são aliciantes, embora ao fim de tantas semanas provávelmente já tenha dado para o condomínio.
- A Elsa... enfim, a Elsa..., bem, a Elsa foi..., quer dizer... a Elsa é..., ou vai ser..., mas talvez já seja..., bem, logo se vê...
- A Alexandra nunca deveria ter deixado definitivamente a meteorologia nem tanto tempo sózinho o namorado pombalino.
- O actor que puxa mas não puxava o lustro à Elsa pecou sempre por um defeito profissional: oscilou entre a stand-up comedy de baixa qualidade e o melodrama de novela sul-americana. Afinal há quem nunca renegue as suas origens.
- O Roby das meninas teve, no meio do azar da doença, a sorte de se escapar daquela prisão. - Caso tal não sucedesse o desfecho era também previsivel: mais uma lenda apagada.
- O Go(n)zo talvez estivesse naquilo pelo gozo de dar nas vistas e nunca ninguém o ouviu cantar. Não haveria playback disponivel?
- O Rans-man vai finalmente descobrir etiquetas sociais, tais como o uso de desodorizantes. Vão acabar por estragar o rapaz.
- A Nénéa é uma bonita mulher, simpática, resolvida e decidida. Qualquer pai gostava de ter um filho assim.
- A fotógrafa-francesa-brasileira-cantora-ex-presidiária-algarvia foi uma revelação. Quem diria que dali surgia uma celebridade?
No meio desta fauna Barachiana onde aparecem uns porcos (dos verdadeiros) cirandaram, ou continuam a cirandar, figuras estranhas, celebridades apagadas ou a quem nem chegaram a carregar no interruptor, tais como o treinador que não treina ninguém, a stripper-bióloga marinha que parece ser uma boa lula e o cabeleireiro que a é realmente.

Uma última palavra de apreço para as mentes originais que criaram a peúga falante. Óbviamente refiro-me à original americana e não à imitação descarada da tal de Quinta que nos assombra todos os dias.

Aconteceu no Dubai 

O Dubai é longe ou, como talvez diria alguém sob os efeitos de substâncias alucinógenias, bué da longe. O que não invalida que um português, apresentado como cineasta, tenha sido apanhado por motivos e denuncias obscuras a violar a lei do país. Ainda com o êxito de bilheteira de 1978 "Expresso da Meia-Noite" na memória, a comunidade lusa insurgiu-se contra o aplicar da lei num país soberano tido por muitos como o Mónaco do Oriente, elevando o caso a escândalo nacional protagonizado não pelo cineasta, neste caso o bom da fita, mas sim pelo Sheik Maktoum bin Rashid Al Maktoum. Image hosted by Photobucket.com
Reconheço que deve ser terrivel para qualquer ocidental ter que cumprir pena num país completamente diferente e reconheço que, para os nossos padrões, um charro nem proporciona grande festa, no entanto isto aconteceu no Dubai, o charro foi fumado e a pena seria não 5 anos como proclamaram os média mas num máximo de 5 anos.
Não está em causa se é português, se a lei é justa ou injusta, se o crime é grave ou não, o que abriu foi um precedente a ter em conta nos problemas que qualquer um de nós poderá ter no estrangeiro. Só espero que, se alguma vez fôr multado por excesso de velocidade em Badajoz e não tiver dinheiro para pagar a multa - o que é muito fácil nos tempos que correm -, o Presidente da República interceda por mim junto do rei Juanito. Ou será preciso ser cineasta para beneficiar das influências de Estado?

Habemus Papa 

Image hosted by Photobucket.com Um dos acontecimentos mais importantes dos últimos tempos foi o falecimento não súbito de João Paulo II.
Um Papa que será recordado com saudade, quer pela longevidade do seu pontificado quer pela própria natureza da sua imagem como Homem, um homem que conseguiu fazer e manter a ponte entre o espiritual divino representado pela igreja católica ancestral e a rudeza natural humana presente sob a forma das guerras e intolerâncias.
Papa morto Papa posto e aqui temos, como herdeiro do trono de S. Pedro, um cardeal cujos pares esperam que "morra" enquanto isso mesmo para dar lugar ao Papa Bento XVI.
Cardeal alemão, ex-combatente pelos maus durante a II Guerra Mundial, tido como conservador e com um nome de nascimento pouco simpático mas condizente com a figura, dizem as más linguas que só mesmo um milagre o poderá tornar no Papa que o mundo católico precisa.
Esperamos para ver.

maio 24, 2005

Assuntando 

Desde que retomei a escrita nestas paragens ainda não fiz referência a nenhum de três assuntos eleitos por mim como de dúbio Bom-Senso, cada um com uma importância completamente distinta mas cada um capaz de fazer pensar muita gente. É deles que os próximos três posts irão falar, embora, repito, com certas reticências por parecer que meto no mesmo saco gatos completamente diferentes.

Pessimismo 

Esperam-se a qualquer momento as decisões socratianas milagrosas que irão salvar Portugal. Passada a euforia benfiquista está na hora de, mais uma vez, se pedirem sacrificios a quem já nem tem cinto, pelo que de nada vale pedir que o apertem.
Num país onde as únicas empresas que dão lucros a sério são os bancos, onde os únicos negócios rentáveis são os escuros, onde os jobs for the boys já nem chegam para eles tantas são as girls interessadas, o futuro não é muito promissor, pelo que nos arriscamos a assistir ao desenvolvimento de pequenos negócios de iniciativa individual como o roubo por esticão, os assaltos a bancos e, na melhor das hipóteses, ao aparecimento de cooperativas de arrumadores de automóveis.

maio 20, 2005

Estranhas Incredulidades 

Ainda não cheguei à conclusão se Portugal é um país de incrédulos, ingénuos, dissimulados ou pura e simplesmente burros. Primeiro parece que ficou toda a gente admirada com os comentários que o inspector da PJ fez e que sintetizei no post anterior, agora parece tudo muito escandalizado e com ar de "nem quero acreditar" quando as noticias sobre as relações duvidosas entre o Grupo Espirito Santo - vulgo GES - e certos politicos vêm a público e no Público.

Direitos Adquiridos 

No julgamento dos elementos da GNR acusados de corrupção foi dito por um director da PJ que essa mesma corrupção tem sido prática corrente e não vista como tal pelos intervenientes. Foi mesmo sublinhado que não são apenas os soldados ou sargentos das forças da ordem a beneficiar de ofertas diversas mas também oficiais bem colocados.

A questão que se coloca é se o facto de se pretender reprimir uma prática tradicional no meio não poderá ser entendido como um atentado aos direitos adquiridos. Não poderá ser protegida a actividade de oferecer prendas aos policias vendo esta como folclore nacional repleto de tradição?

maio 19, 2005

O Pianista 

Julgo que toda a gente já sabe a estória do pianista misterioso que está a apaixonar a Grã-Bretanha.
Como todo o bom mistério, também este merece uns momentos de reflexão à "Sherlock Gomes":
a) O homem, apesar de magro, tem aspecto de bem alimentado, como tal não se trata de uma vitima de rapto que conseguiu fugir do cativeiro e das mãos de terroristas anti-pianos.
b) Ao fato que enverga foram retiradas as etiquetas o que, convenhamos, o poderá colocar ou no escalão dos abandonados pela familia ou no de fazer render o peixe.
c) O desenho do piano que fez demonstra que não foi raptado também por extra-terrestres. Caso contrário teria desenhado uma flauta marciana.
d) O facto de ninguém dizer que o conhece demonstra um trabalho de bastidores cuidado. Provavelmente quem foi raptado foram os seus amigos de infância com o intuito de ninguém abrir o bico.

Conclusão: espera-se a qualquer momento que o pianista misterioso diga uma frase do tipo "Beba Frize e recupere a memória... e já agora comprem uns discos meus".
Elementar, meu caro Watson.

Morrer na Praia 

Infelizmente eu tinha razão!
O Sporting não conseguiu aproveitar uma oportunidade única, não por culpa dos jogadores, e nessa parte, e apenas nessa, concordo com o treinador, mas sim por carências várias em termos de estratégia, ambição e humildade dos seus dirigentes técnicos.
"Só perde uma final quem vai a uma final" dirão alguns tentando assim manter alguma honra e procurando uma frágil consolação, mas insisto que só quem reconhece os erros os poderá corrigir, e isso não se passa com o sr. Peseiro, agora até com um estádio em seu nome na sua terrinha orgulhosa da sua derrota na final.
No fim do jogo, em declarações à RTP, Peseiro carregou na tecla e pôs a tocar a cassete que tantas vezes ouvimos: " fomos os melhores em campo; não merecíamos o resultado; não fomos felizes e o futebol é mesmo assim". Estas foram as palavras do sábio... que iremos ouvir nova e repetidamente durante o próximo campeonato nacional.
Parabéns aos jogadores do Sporting, parabéns aos adeptos lúcidos do Sporting e parabéns a mim porque, apesar de tudo, me orgulho de ser Sportinguista.

maio 18, 2005

A Tanga do País 

Nos últimos dias descobriram os nossos iluminados governantes que o país está mesmo de tanga. Como honesto contribuinte e atento espectador da actualidade nacional só fico admirado pela sua perspicácia ao retardador.
Empresas que fecham diáriamente, milhares de desempregados, noticias diárias de corrupções recentes, falência da Segurança Social... e os responsáveis pela gestão descobriram agora, só agora, que a situação é grave.
Uma de duas (ou as duas em conjunto) conclusões podemos tirar: Ou os ocupantes dos poleiros dourados não têm sentido alterações no seu nível de vida e, como tal, nem se preocupam com as falências familiares diárias do vulgar cidadão, ou a promessa do não aumento de impostos foi um grande bluff cuja jogada final foi feita agora com a apresentação pública de um relatório de deficit que já era sobejamente conhecido, procurando assim justificar o não cumprimento da promessa eleitoral. Será culpa dos chineses?
Tangas!!!

A Peseiro o que é de Peseiro: 2º Lugar atrás do Primeiro 

Hoje, 4ª feira, dia 18 de Maio do ano da graça de 2005, as atenções estão viradas para o universo verde. Para o campo de batalha rectangular onde o Sporting irá , mais uma vez, tentar provar o improvável: que é uma boa equipa e bem orientada.
Aconteça o que acontecer - e bem no fundo tenho a réstia de esperança que seja uma vitória - a verdade é que o Sporting foi, durante a presente temporada futebolistica, uma equipa recheada de talentos, com bom futebol quando os talentos se encontram inspirados, mas desnorteada na sua condução.
O treinador, cujos trejeitos de agricultor louco vamos ter de aturar mais uma época, demonstrou não ser um domador de leões, incapaz de conduzir firmemente a equipa conseguindo apenas bons resultados aleatóriamente por razões que ele próprio desconhece. Esse desconhecimento tem apenas a ver com a falta de humildade própria de um rústico orgulhoso, incapaz de tomar decisões na hora certa e ainda mais incapaz de admitir erros. E o que é facto é que quem não admite os seus erros não os pode corrigir pelo que, mais uma vez, estamos nós Sportinguistas entregues à inspiração dos verdadeiros artistas que são os jogadores. Quanto a Peseiro... não tem estofo para ser o primeiro.
Apesar de tudo só eu sei porque não fico em casa.

Welcome Back My Friends to the Show that Never Ends 

Depois de alguma semanas de recolhimento espiritual e literário cheguei a uma conclusão: o país precisa de mim... ou melhor... de Bom Senso.
Muita coisa se passou desde a última vez que premi estas teclas, mas a verdade é que poucas foram agradáveis, naturais, transparentes e indiciadoras de uma retoma não só económica mas também de mentalidades. Quero com isto dizer que o show continua. Um show que é, apenas e só, a vida de pessoas involuntáriamente embrulhadas em tricas, intrigas, desdizer de realidades flagrantes e, para rimar com isto e não com uma cidade do interior, tudo continua como dantes.
Seja como fôr cá estou eu outra vez!

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