Ministerio do Bom Senso

Corri mares, mundos e terras novas, vi estrelas, algodão doce, arame farpado e farturas, toquei em verdes campos e pedras cinzentas e consegui ficar mais velho e sobreviver... e não é que o Ministério ainda está de pé??? Fiquei surpreso por ainda aqui estar e ainda mais por me lembrar das passwords e conseguir responder ás novas exigências bloguisticas, e pronto, mas pronto e ponto. Estou aqui outra vez.
Bem vindo seja eu entre os habitantes da blogosfera.

Olá. Bom dia.
Confesso que parei de escrever aqui por uns tempos apenas para ver se as ideias clareavam - e estou a falar das minhas, pois naif como sou pensei que eram elas as nubladas - mas a verdade é que mais parece ter ocorrido uma distribuição gratuita de marijuana a nivel nacional e andar toda a gente a planar e a debitar asneiras sendo que, em alguns casos, tais débitos podem, alegadamente, ultrapassar a "trip" ocasional e serem indicadores de graves doenças do foro psicológico.
É nesta última prateleira que eu arrumo duas pessoas que revelaram públicamente pela tv, há algumas semanas atrás, os seus desarranjos mentais e, pasme-se, ninguém faz nada, nem os seus pseudo-amigos. Refiro-me óbviamente ao sr. Rangel e ao sr. Carrilho-marido-da-Bárbara.
O 1º não perde uma oportunidade para dar com o taco de baseball na Sic de uma forma tão despudorada que até eu perco o pudor e deixo de lhe chamar dor de cotovelo para a apelidar de dor de corno pura. Melhor... dor de dois cornos.
O 2º é uma figura gravemente doente. Nos seus delirios vê-se como uma personagem de Banda Desenhada. Um misto de Robin Hood com Zorro e tiques de Batman. Um Lone Ranger. Um Corto Maltese a quem, aliás, rouba descaradamente o titulo do livro "Sob o Signo do Capricórnio" para usar no seu "Sob o Signo da Verdade", qualquer que ele, nos seus delirios, pense que ela seja.
Pois bem, eu digo: ou internem os dois ou lhes aumentem as doses de "fumo que faz rir". Tenho dito!

Não me digam outra vez que estou com stress porque deixei de fumar!!!Pois foi, deixei de fumar, e deixei de propósito dois macitos de SG Ventil a olharem para mim em sitios estratégicos tal maçãs e darem cabo da estratégia do Adão, com a vantagem - minha - de que não há uma Eva por detrás deles.
Entretanto "eles" querem convencer a populaça de que em tal dia não houve mortes na estrada porque um Dino que nunca existiu, mas que deu cabo dos corações de uma familia de um Francisco nascido e criado com amor, fez um milagre televisivo que substituiu uma rotunda que não foi feita e que só custou 7 mortes em 5 anos e que podia ter custado o preço de uma rotunda que não se fez para pagar a merda de um salário de um politico de merda.
Mesmo Ministro isto faz-me passar da cabeça, dos pés, da barriga enfim... estou capaz de desvotar em alguém e, quiçá, dar-lhes 1 tiro!!!!

Nunca nutri grande simpatia pelos franceses. Confesso que, para além do Astérix, das chemises Lacoste e do champagne, nunca apreciei nem as manias nem as modas dos gauleses contemporaneos.
Que povo é que pode ser levado a sério quando bebe com sofreguidão um liquido chamado pastis e se passeia na rua com um cão pela trela numa mão e um cacete fresco acabado de adquirir na padaria do quartier debaixo do braço?
Mas tenho de confessar agora uma outra coisa meio a contra-gosto: os franceses têm tomates! Inspirados ou não por uma Revolução já com uns anitos bons e por uma agitação estudantil com menos uns quantos, o que é certo é que se manifestam, se unem, gritam e brigam transformando as ruas em locais de referendo popular e fazendo sucessivos governos reconsiderar decisões que pareciam sem apelo. O engraçado é que, embora o grafismo e o sentido da palavra "tomates" seja o mesmo em português e em francês, a diferença como nós encaramos o seu uso em relação a quem determina despóticamente como deveremos viver é abismal, talvez por isso se tenha generalizado ultimamente a expressão "tintins", mais infantil e condescendente, para designar os mesmos tirando-lhes a força que já os caracterizou outrora..

"Diz o regimento que a palavra do deputado faz fé não carecendo sequer de comprovativo"
(Sic Online 14/04/2006)

Os 120 deputados que "alegadamente" estiveram impossibilitados de comparecer na Assembleia por razões tão importantes como constatar a importância dos raios solares no desenvolvimento humano - principalmente se os raios solares forem apanhados in loco no Algarve ou, melhor ainda, no Brasil - não precisarão de outra justificação que não seja "faltei porque tive de faltar e pronto!".

O problema que se pode colocar é sob um ponto de vista empresarial, mas os patrões do Parlamento somos todos nós, pequenos accionistas com direito a voto de 4 em 4 anos e, sendo assim, o hemiciclo torna-se uma empresa em auto-gestão cujo destino só pode ser a falência. Dos deputados não. Nossa!

Ler jornais, navegar na internet e ver televisão são agora pecados!
Até entendo que ler certos jornais, ver certos programas e navegar em determinados sites possa ser considerado pecado ou que, pelo menos, a estupidez de perder tempo com esse tipo de actividades o seja, mas generalizar desta forma não ajuda em nada a campanha de modernização que a Igreja tenta levar a cabo.
As pessoas mais radicais podem até julgar que o Inferno está cheio de antenas parabólicas, ligações de banda larga e últimas edições do Expresso, ao passo que o Céu apenas disponibiliza uma Biblia actualizada há 300 anos.
Mais uma demonstração de mau-senso.

Facto 1 - Os telejornais abrem diáriamente anunciando o encerramento de unidades fabris do norte ao sul do país que, como consequência lógica, apenas "produzem" mais umas centenas de desempregados. Depois é observar o choros deles, as tangas do costume dos sindicatos e a ausência de declarações por parte dos ex-patrões.
Facto 2 - Toda a gente se queixa de que as multinacionais e algumas nacionais resolveram deslocalizar as suas unidades produtivas para países de leste, mais competitivos (leia-se onde os trabalhadores ganham menos, trabalham mais e não piam... por enquanto).
O governo, alegadamente, também lamenta este desinvestimento em Portugal.

Ok, dois factos verdadeiros!

Facto 3 - José Sócrates, nosso amado Primeiro-Ministro, encheu um avião de empresários portugueses e levou-os a ver como Angola é um país óptimo para investir, em detrimento de Portugal que, pelos vistos e ao que tudo indica, apenas existe para que haja um sitio onde se possam pagar impostos que servem para pagar vencimentos aos politicos.

Mais um facto verdadeiro, a não ser que eu esteja enganado e Angola (ainda) seja nossa...

Por altura do Natal resolvi investir uma pipa de massa no último livro de Dan Brown. Li e gostei, tal como já tinha apreciado os anteriores.
Uns tempos depois, numa noite de reunião com amigos em minha casa, o Chico, amigo de longa data e vizinho do 3º esquerdo, descobriu o livrinho na estante onde estava estacionado e lamentou os 14 euros que o livro custava, referiu a pena que sentia por ainda não o ter lido e chorou mais umas lágrimas pela provação. Não resisti e emprestei-lho, não sem que antes me tivesse comprometido a tornar a emprestá-lo a mais 3 dos presentes que, por uma razão ou por outra, ainda não tinham lido "A Conspiração".
Neste momento o livro ainda não regressou a minha casa e, pelas minhas contas, entre amigos e amigos dos amigos, já cerca de 8 pessoas o leram para além de mim.
Colocam-se uma série de questões pertinentes: Será que não prejudiquei Dan Brown? Será que não evitei que outras pessoas comprassem o livro? Será que a minha consciência me deixa dormir a pensar nos pobres editores prejudicados pelo meu acto irresponsavel de emprestar o livro? Será que não serei multado? Será que, quando morrer, irei para o inferno por causa disto?

Que o rapaz é um génio da bola ninguém põe em dúvida, mas dizer que Ronaldinho Gaúcho passa o tempo a sorrir de felicidade e satisfação é de uma ironia sádica. Toda a gente sabe que os dentes são grandes demais para boca, daí passar o tempo com ela aberta.

Tenho seguido com alguma atenção as crónicas de contracapa no tablóide matinal da mana mais velha daquela que já foi uma das Margaridas da moda, e o que posso dizer é que, no mínimo, esta mana da Margarida ex-fashion consegue superar-se diariamente a escrever banalidades impensáveis. Consegue notar-se claramente o esforço dispendido em ligar as ideias, em alinhavar os assuntos, em justificar o salário e a ocupação criminosa do papel.
Continuarei a ler as crónicas na esperança de que ela consiga “adaptar” como tão bem sabe uma qualquer crónica de alguém com mais tempo para pensar do que ela.